Pôr do sol

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Sons de pássaros vinham junto com a brisa do início de tarde no interior do Rio de Janeiro, casa de Renata Vasconcellos, enquanto ambas as pessoas, William e Renata, continuavam se amando e desejando um ao outro.

O homem mordia suas costas, enquanto puxava levemente os cabelos macios e com cheiro de lavanda da jornalista, que com força, segurava na cabeceira da cama e apenas sentia seu corpo entregue a Bonner. Sorrisos e beijos, caminhos e sons, tudo era possível naquele momento.

Renata, girou o homem, se mantendo encima dele e com um sorriso malicioso nos lábios, começou a beijar seus lábios e peito, apenas vendo que ele estava entregue a ela como ela estava a ele, e sentando em seu colo, lhe olhou e com a ponta dos dedos, tocou nos lábios de Bonner, que sabia o que ela iria fazer.

Em movimentos lentos de sobe e desce, a mulher sentia o prazer que lhe foi repremido, quando estava casada. Renata, aumentava a velocidade e com as mãos no peito do homem, fechava os olhos e erguia a cabeça em visível êxtase e prazer insano, enquanto Bonner, segurava sua coxa com força para que não parasse o que estava fazendo.

Renata, percebeu depois de alguns minutos que não aquentava mais, entretanto, não conseguia parar pois precisava de mais, com isso, continuou ainda mais rápido e tanto ela quanto Bonner, chegaram em seu limite e repousando no peito do homem com a pele brilhando de suor, ela sorriu e adormeceu, assim como ele.

A tarde havia chegado e os sons dos pássaros se tornavam mais alto, assim como a incrível mudança da paisagem. Bonner, abria os olhos lentamente e sua primeira visão foi a paisagem que existia do lado de fora e sentiu um peso sobre seu peito e viu Renata, adormecida sobre ele, levando seus braços a abraçar a mulher, como se ela fosse a coisa mais importante do mundo para ele, voltando assim a dormir novamente. 

Minutos depois, acordou e não sentiu o peso em seu peito e ao olhar, não a viu, mas percebeu que a porta de vidro que havia no quarto e que dava acesso ao imenso quintal, estava aberta e criando coragem para levantar, Bonner, caminhou descalço e apenas de cueca para fora da casa, se deparando com um céu quase laranja e que se misturava com o azul, era fim de tarde e o lugar continuava ainda mais lindo, o fazendo entender o porquê de sua Duquesa, amar tanto ir ali.

- É por isso que amo tanto esse lugar - ecoou a voz doce e calma de Renata, fazendo o homem sair da paisagem e vê-la sentada em um sofá feito de troncos de árvores, que tinha de fundo uma paisagem ainda mais bonita da que Bonner, havia acabado der ver.

Ela estava com um vestido longo e branco de mangas longas, ao seu lado havia um livro e seu óculos. Seus cabelos estavam soltos e desarrumados, mas sem perder a beleza e elegância, e com um sorriso, a mulher olhou para ele e em seguida voltou a olhar a paisagem.

Bonner, voltou rapidamente para dentro do quarto e quando voltou ao espaço que estava, possuía em mãos o celular. Ele sabia que era algo chato bater as fotos, mas sua paixão por fotógrafar falava mais alto, e o cenário em sua frente era o mais perfeito para quem possuia essa paixão. 

Calmante ele foi posicionando a câmera para pegar o que estava tanto lhe causando admiração, e chamando Renata, ele a viu sorrindo discretamente para a câmera, lhe dando assim, a foto perfeita da mulher que começou a amar, se destacando entre tanta beleza da natureza e se mantendo de pé, ambos apenas sr olharam e sorriram um para o outro.

Deixando o celular de lado, o homem foi até ela e sentando ao seu lado, a sentiu encostar a cabeça em seu peito em sinal de repouso e apenas olhou para frente, enquanto Bonner, passava seus braços ao redor dela em um abraço. 

Em frente a eles, o sol descia atrás dos montes e o céu ficava laranjado e avermelhado, e por minutos as duas pessoas apenas viam a beleza que a natureza era capaz se trazer para quem parasse para admirar.

- Agora eu entendo o que faz você amar esse lugar - disse Bonner, fascinado com o que estava em sua frente.

- Eu moraria aqui feliz, sem o caos da cidade grande. Apenas sentindo isso todos os dias - falou enquanto olhava a mesma coisa que Bonner.

- E eu iria amar viver todos os dias isso com você - olhou para ela e recebeu um sorriso de volta.

- Iria ser uma mudança e tanto.

- Acho que no fundo, eu sou como meu pai. Um homem que gosta das coisas simples da vida, mas que viveu e teve o luxo desde que nasceu - sorriu

- Luxo desde que nasceu? - argueou a sobrancelha

- Sim. Meu pai tinha condições financeiras para sustentar a família e nunca me faltou nada.

- A minha família também - olhou para a paisagem - Mas nunca deixei isso subir em minha mente. Sempre mantive o pé no chão e comecei a trabalhar muito jovem, sendo modelo fotográfica e de passarela, sempre me virei sozinha, pois sabia que ter tudo nas mãos, não me ajudaria como pessoa.

- Você foi modelo? - se separou surpreso.

- Sim! - riu - Por 2 ou 3 anos no máximo. Era apenas uma brincadeira, pois o que eu realmente queria ser era o que sou hoje - sorriu.

- Com uma beleza dessa, não me surpreende que receba convites até hoje. Acertei?

- Sim - riu - Recebi alguns convites para estampar capas de revistas de moda, mas não vejo isso como viável. Quero focar no que realmente eu amo e está muito além de ficar parada em frente de uma câmera, fazendo caras e bocas e toda maquiada - riu e foi acompanhada por Bonner.

- Mas se o fotógrafo fosse eu? Você aceitaria?

- Covardia da sua parte, não acha? - falou antes de lhe dar um beijo - Claro que eu aceitaria. Mas se fosse você! 

- Então seja minha modelo por um dia? - falou enquanto pegava em sua cintura e a deitava sobre o sofá, ficando sobre ela e lhe olhando em espera de uma resposta.

- Tá bom - sorriu e sentiu os beijos do homem e o vento.

Renata, se afastou assustada e isso fez Bonner, também ficar assustado. 

- O que foi? - perguntou ele.

- Esquecemos do Mousse do Freezer!

- Meu Deus!

Bonner, levantou rapidamente e correu para dentro da casa, passando pelo quarto e indo até a cozinha, onde abril o freezer e tirou a travessa de vidro do local, respirando aliviado ao perceber que ele não havia endurecido devido ao tempo passado ali.

Pegando duas pequenas vasilhas de vidro, Bonner, colocou o doce para ele e para Renata, voltando com o recipiente maior para a gelareira. Quando voltou para o espaço que estava junto com Renata, a viu novamente admirando a paisagem e em seguida olhando para ele com um imenso sorriso no rosto ao ver que o doce estava "salvo".

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