Você não ama!!

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Antônio, ainda tentava entender o que o fez esquecer sua noite com Lanza, que ele pensava ser Renata, e inconformado, começou a quebrar tudo que encontrava pela frente.

- O que aconteceu? Por que eu não me lembro de ter dormido com ela?

Enquanto isso, na casa de Renata, estava Lanza, irritada, com medo, apreensiva e entre outros sentimentos, tentando achar uma solução para o enorme problema que havia surgido com as fotos.

- Por quê? - perguntou.

- Eu não sei como ele conseguiu essas fotos, porque nem eu tenho acesso a elas, apenas Bonner, e ele não ia ser descuidado - afirmou.

- Mas conseguiu e tem todas, e pode ter certeza de que ele vai usar delas para ter o que mais quer, você! - se afastou e pegou a mochila que estava o notebook do homem - Toma! Ai estão os e-mails que ele lhe mandou e eu iria levar a delegacia, mas se eu fizer isso, ele vai usar as fotos, Renata. Ou seja, estamos nas mãos dele, até acharmos essas fotos! - falou séria.

O som da porta foi ouvido e ao olhar, viu Bonner, adentrando e lhe olhando sério nos olhos, não falou nada, o que assustou o jornalista.

- O que houve?

- Ele tem as fotos que você bateu! - disse Renata.

- A minha vontade é matar vocês dois, sério! - falou Lanza, antes de sair e ir embora, tentando de todas as formas pensar em como salvar a integridade de sua irmã.

A porta foi fechada com força, assustando Renata, e Bonner. O homem olhou incrédulo para a jornalista em busca de uma resposta para algo que não teria como acontecer, pôs as fotos estavam seguras no Notebook, pessoal do homem e ninguém tinha acesso a eles.

- Ele tem as fotos! - levou as mãos a cabeça e se sentindo culpado pelo que poderia acontecer, pois a ideia era dele - Eu vou matar esse homem!

- Não vai adiantar de nada! Estou nas mãos dele agora. E fim! - sentou-se no sofá com as mãos na cabeça e começou a chorar.

Renata, se manteve ali e nem percebeu Bonner, saindo, indo notar segundos depois .

-Não! Não! Não!

O trânsito estava calmo, o que possibilitou que Bonner, corresse com seu carro rumo ao apartamento de Antônio, com uma única coisa em mente: Matá-lo.

Chegando em frente ao prédio, ele desceu rapidamente do carro e passou pela recepção, e por sorte, encontrou o elevador aberto e entrou, sendo levado ao andar e assim que a porta abriu, viu ao longe do corredor a porta onde seu pior inimigo estava.

Batendo de forma agressiva, viu a porta abrir e ao ver Antônio, não perdeu tempo e o empurrou com as duas mãos no pescoço do homem para dentro do local, o fazendo derrubar o que havia em sua frente. Antônio, agarrou as mãos do homem e as puxaram com força, tendo um pouco de dificuldade no começo, mas assim que conseguiu, empurrou Bonner, contra uma mesa pequena de vidro que havia no meio da sala, fazendo o homem quebrar a mesma. Bonner, sentiu os vidros mais finos perfurar sua pele desprotegida, como braços e mãos, mas se levantou e deu um soco em Antônio, que caiu.

- Eu vou te matar! - o pegou pela camisa e o jogou contra outra mesa de vidro que havia no local, o fazendo cair e ficar desorientado por alguns segundos, enquanto sentia Bonner, o erguer com todo o ódio que estava sentindo e jogá-lo sobre a cama, mas ele conseguiu, com um soco no estomago do homem, o afastar.

Bonner, sentiu o impacto em uma falta de ar, enquanto via Antônio, recuperando o folego sobre a cama e indo em sua direção, e rapidamente se manteve de pé.

- Você nunca vai ter a Renata, porque ela me ama! - disse Antônio.

- Você é maluco!

- Um maluco que sabe como fazer ela feliz! - sorriu - E sabe seus gostos mais íntimos.

- Cala a boca... - correu em direção a ele e com um soco o acertou, o fazendo cambalear, mas Antônio se manteve de pé, e o acertou no rosto, fazendo também Bonner, cambalear e se segurando sobre a mesa, e agarrando um vaso, acertou a cabeça do homem que não caiu e sim, pegou um dos cacos mais afiados e apontou para o jornalista que recuou rapidamente.

- Cadê o valentão agora?

- Valentão? Eu estou sendo homem! É você que tá sendo covarde com um caco de vidro! - foi recuando, enquanto Santiago, caminhava lentamente em sua direção.

- Você não vai ter ela, William. Eu vim para esse país de merda, por causa dele e é isso que está me mantendo aqui ainda! - se aproximou ainda mais - Se não fosse por isso, eu não teria largado a vida maravilhosa que eu tinha nos Estados Unidos.

- Você não ama ela! Você tem obsessão por ela! - recuou e chegou a parede, não tendo mais para onde ir.

- Obsessão não, amor Bonner! - gritou - Eu amo ela e você nunca vai entender!

Bonner, em um movimento rápido, pegou na mão do homem e o impediu de aproximar o caco de vidro de seu corpo e o segurou, o empurrando para trás e uma força surgiu entre ambos os homens. Antônio, tentava tirar suas mãos das mãos de Bonner, mas o homem a segurava com toda sua força.

- Larga, Bonner! - tentou o empurrar, mas ele se manteve preso em suas mãos.

Antônio, usou sua perna para chutar Bonner, e o acertando com na perna, o fez cair e foi em direção a ele com o caco de vidro, mas parou rapidamente quando viu Renata, em sua frente com as mãos estiadas e protegendo William.

- Para! Por favor! - o olhou nos olhos

- Sai, Renata!

- Você vai ter que me matar primeiro, Antônio!

- Jamais machucaria você. Eu te amo, Renata - abaixou o caco de vidro e olhou para a jornalista.

- Então, para Antônio. Por favor! - se aproximou do homem lentamente para tentar pegar o caco de vidro, e tocando em sua mão, sorriu para ele, que apenas lhe olhava - Por favor, Antônio?

Antônio, olhou para suas mãos e viu as de Renata, próxima a dele e sorriu ao toque da mulher, mas ao mesmo tempo sentiu que ela estava fazendo isso para proteger Bonner, e não estava ali por ele, e olhando para ela com um sorriso no rosto, disse:

- Eu não vou perder você, Renata!

Renata, sentiu uma fisgada no estômago e segundos depois, um formigamento e algo escorrer, e ao olhar para baixo, viu sangue e um caco de vidro em sua pele, e olhando para o homem o escutou dizer.

- Eu não vou!

Bonner, rapidamente levantou quando viu o sangue escorrer do corpo de Renata, e correu para ajudá-la, enquanto Antônio, aproveitava a distração e corria do local, fugindo depois do que havia feito.

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