As horas foram passando e as 20 horas da noite, Renata, estava se arrumando em seu camarim para que entrasse ao ar no Jornal Nacional, depois dos testes e ficar de plantão para caso uma notícia surgisse inesperadamente, e diferente de como estava, ela havia trocado suas roupas para isso, usando agora uma camisa branca listrada e uma saia social preta, lhe dando elegância e sensualidade sem ser vulgar.
Passando delineador nos olhos como sempre fazia, a mulher olhou para seu próprio reflexo e disse:
- Acho que está bom!
Caminhando até a porta para ir ao cenário onde se escontrava a bancada, Renata, não conseguia parar de pensar nas palavras de Bonner, em relação a Antônio, e sua desconfiança em o homem estar planejando algo.
Chegando em frente a porta que dava acesso a sala de gravações, Renata, foi surpreendida por Antônio, que se aproximando rapidamente e ofegante, sinal de que havia corrido até encontrá-la, disse:
- Finalmente! - parou e sugou o máximo de ar que podia - Aqui então!
- Você sabe que não era preciso isso, né? - riu a jornalista ao ver o homem em sua frente quase morrendo.
- Como assim? - olhou incrédulo.
- E-mail, Antônio. Serve para isso - riu ainda mais.
- Não acredito! - levou as duas mãos a cabeça.
- Vai beber uma água ou descansar. Eu cuido desses papéis depois - riu enquanto abria a porta para entrar, e assim que o fez, Antônio a analisava dos pés a cabeça e com um sorriso malisioso noa lábios e voltando ao normal como em um passe de mágicas, a viu sumir.
Entrando, Renata, ainda ria quando foi parada pelo técnico de som e pelo maquiador, que sendo contagiados pela risada doce sa mulher, começaram a rir junto.
- O que foi? - perguntou o maquiador enquanto ria
- Nada, não - falou ela antes de agradecer a ambos e ir em direção a bancada.
Bonner, estava em sua sala revisando alguns papéis antes de ir ao estúdio, e como de costume, chegava atrasado, para o pânico de sua namorada, que o esperava nos últimos minutos para o jornal entrar ao ar, e isso o fez rir.
- Renata! - pensou em voz alta e teve sua mente voltar a casa de campo da jornalista e reviver tudo que fizeram e falaram, até seu pedido de namoro.
- Acho que ainda tá faltando alguma coisa!
20h28 e faltavam apenas 2 minutos para que o Jornal Nacional começasse e nem sinal de Bonner.
- Cadê o Bonner? - Perguntou Renata, a um dos funcionários e quando iria ter a resposta, ouviu a portar ser aberta e o homem entrar apressadamente e pedindo desculpas pelo atras, correu e se sentou em sua cadeira atrás da bancada.
- 1, 2 e já.
A abertura foi feita normalmente e concentrados, ambos fizeram seu papel, até que chegou em um momento e ao vivo, Bonner, se levantou, deixando Renata, sem entender.
- Vamos fugir um pouco do protocolo? - perguntou a câmera, que representava os telespectadores que estavam assistindo o jornal naquele momento - Já volto!
Bonner, caminhou até uma delas e foi para o outro lado do estúdio, saindo do foco de todas o que obrigou as atenções serem levadas a Renata, que sorrindo tentava esconder a expressão de surpresa.
O homem, voltou aparentemente sem nada, apenas caminhando para dentro do estúdio
- Voltei e já já teremos as notícias de volta - caminhou até Renata, que sussurrou enquanto ele se aproximava
- O que você tá fazendo?
- Calma! - sussurrou e sorriu.
Bonner, ficou ao lado de Renata, e inesperadamente se ajoelhou em sua frente e pegou uma de suas mãos, a fazendo rir de nervoso.
- O que é isso, Bonner?
Olhando para a câmera, o homem pôde perceber todos da equipe bem surpresos com o que ele estava fazendo, mas não se importou, e anunciando a todos os telespetadores, começou a falar:
- Essa quebra de protocolo está acontecendo, porque eu quero anunciar que... - olhou para Renata, que ainda ria de nervoso e vergonha -... que eu amo essa mulher e sim, estamos namorando Paparrazi de plantão que ficam toda hora "Ah, casal novo na área" e blá, blá, blá - se levantou e carinhosamente se aproximou da mulher e a beijou em frente a todos - E era isso! - falou enquanto olhava em seus olhos - Eu te amo! - sussurrou
- Também te amo, seu louco - sorriu e o viu dar a volta na bancada e correr para sua cadeira, enquanto ela ria.
- Comercial! - gritou.
Todos dentro da sala, riram enquanto viam Bonner e Renata, se beijando na bancada e ela batendo levemente em seus braços e dizendo:
- Você só pode ser doido, não é possível - riu e o beijou - Agora sim, minha mãe vai saber e não será pela Lanza, e sim pelo namorado da filha dela.
- Meu Deus, eu não tinha pensado nisso! - arregalou os olhos.
- Sim!
O jornal foi continuando e desta vez, com a seriedade de sempre, pois o momento de descontração havia cido no início e Bonner, sabia quando precisa ser profissional, até chegar ao tão famoso Boa Noite, onde as câmeras foram desligadas e eles se despediram de todos e foram embora.
Chegando no apartamento de Renata, onde iriam passar a noite, Bonner, caminhou diretamente para a cozinha em preparo do jantar, sem nem mesmo tirar o terno que usava, fazendo Renata, ir até ele e perguntar o que estava fazendo.
- O que vai fazer?
- Eu estou com muita fome - disse enquanto pegava uma panela.
- Não vai nem tirar essa roupa?
- Depois.
Renata, riu ao ver a presa em como o homem estava fazendo o alimento, e entendeu o que ele estava sentindo, pois sua própria barriga estava roncando devido a fome. Indo até ele, ela tirou seu terno para que ficasse mais a vontade, além da gravata e camisa, o deixando com uma camiseta usava por debaixo de tudo. Foi até o quarto e pendurou as roupas para não amarrotar, pois sabia que seria difícil passar elas, já que usava roupas assim.
Voltando a cozinha, ela se deparou com Bonner, colocando um avental e começando a cortar uma cebola, sentiu o cheiro da manteiga com alho e o viu acrescentar as cebolas já cortadas em em seguida, jogar os ovos. Ela apenas observava o homem cozinhando e se sentia a mulher mais sortuda do mundo.
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Eram Apenas Selfies I
FanfictionRenata Vasconcellos, uma jornalista respeitada e conhecida por todos, havia agora uma nova missão: assumir junto com William Bonner, um dos jornais mais assistidos do Brasil. Tímida, conservadora com sua vida pessoal e extremamente reservada em rela...