Se sentindo estranha depois do que houve em seu camarim, Renata, teve que forçar sua concentração para apresentar o jornal naquele noite e tentar de todas as formas não deixar que Bonner, percebesse que ela não estava bem, pois sabia que a convivência com seu ex-namorado de faculdade, não era a melhor e contar o que ele havia feito, poderia causar uma tragédia ainda maior.
Voltando aos estúdios, a mulher era aguardada por todos e principalmente para a foto de Boa Noite, que já havia se tornado algo esperado pelos fãs do telejornal e do casal, e se posicionando em frente a Bonner, e encostando-se na bancada, a foto foi tirada e logo em seguida, ouviu de Bonner.
- Está tudo bem?
- Me deu dor de cabeça agora.
- Quer que eu vá buscar um remédio?
- Não precisa. Obrigada - sorriu e o beijou, indo os dois para suas respectivas cadeiras.
Ao fim do jornal, a dor de cabeça imaginária havia se tornado real e estava forte, assim como no dia em que bebeu e beijou Bonner, pela primeira vez.
- Podemos ir? Não estou me sentindo bem.
- Claro.
Ambos levantaram, mas uma tontura tomou conta de Renata, que sentiu uma fraqueza e se apoiou na mesa, sendo logo em seguida segurada por Bonner, que preocupado, agarrou sua cintura.
- Renata?
Ela estava pálida e sonolenta, mas teimou que estava bem, e assim que começou a caminhar, viu Antônio, no fim do corredor e um incômodo gigantesco a tomou.
- Vamos, Bonner, por favor?
- Vamos!
Chegando na casa do Jornalista, o homem a levou diretamente para o quarto e lá a deitou na cama, percebendo que ela estava um pouco febril, se preocupando imediatamente.
- Vou levar você no médico!
- Não precisa. É só uma gripe.
- Você é médica?
- Não, mas eu sei identificar uma gripe - riu.
A madrugada chegava fria e Bonner, estava abraçado a Renata, que ainda estava com febre, mesmo tendo sido medicada e isso o estava preocupando, mas contra a vontade da jornalista, ele a levou no hospital e foi confirmado que ela estava apenas com uma gripe e que os medicamentos iriam fazer efeito até o dia seguinte. E olhando para ela enquanto dormia, o homem acariciou seus cabelos em torcia para que sua temperatura corporal voltasse ao normal. A madrugada inteira ele estava velando seu sono, não conseguindo dormir, pois a escutava gemer devido a dor na garganta e na cabeça, e foi assim até ela finalmente dormir e deixá-lo menos preocupado.
O dia havia nascido frio, o que não ajudava a saúde de Renata, que ao abrir os olhos, os sentiu pesados e um enorme calafrio percorrer seu corpo, e rapidamente apertou seu corpo no de Bonner, para se aquecer, o que o fez acordar depois de ter pegado rapidamente no sono.
- O que houve?
- Eu tô com frio - se encolheu na cama e se aproximou ainda mais do homem.
- Vou avisar que você não vai hoje e falar com a Lanza, para ficar com você.
- Tá bom - o abraçou e voltou a dormir.
William, estava na cozinha preparando seu café, quando ouviu a campainha tocar e ao abrir, se deparou com Lanza, em sua frente usando um vestido verde e longo, de alças finas e cabelos soltos. Era incrível como as duas mulheres eram parecidas, e por algumas vezes as confundiu, mas com a convivência, conseguiu diferenciar ambas.
- Como ela está? - perguntou Lanza, ao entrar na casa ver Bonner, arrumado.
- Está dormindo e está febria. Eu não queria ter que ir pra redação, mas tenho uma reunião importante - falou enquanto pegava seu terno - Mas qualquer coisa, Lanza, me avisa, por favor!
- Não se preocupe Bonner, não é a primeira vez que cuido da minha irmã desse jeito - sorriu.
- Mas é a primeira vez que eu a vejo assim, e está cortando meu coração ter que ir.
- Bonner, a Tatá é dengosa, se você ficar, ela vai fazer corpo molhe - riu - Não se preocupe que eu vou cuidar dela.
- Obrigado.
Bonner, saiu, deixando a mulher a sós na sala e colocando sua bolsa sobre a mesa, foi até o quarto e viu sua irmã toda encolhida sobre a cama, dormindo, e se aproximando, tirou o termômetro que havia nela e percebeu que a temperatura estava voltando ao normal
- Menos mal! - lhe olhou com preocupação.
Lanza, voltou até a cozinha e abriu a geladeira para verificar o que ela poderia usar para fazer uma sopa a Renata, mas para sua surpresa, havia uma pequena panela sobre o fogão de canja e alguns legumes.
- Quem é ele mesmo? - riu
Voltando para o quarto com um prato de sopa, Lanza, encontrou Renata, sentada na cama e com as mãos na cabeça.
- Está com dor? - olhou preocupada.
- Um pouco - sorriu ao ver sua irmã em sua frente com um prato - E com fome! Você que fez?
- Quem me dera - riu - Já estava pronta.
- Bonner!
- Além de lindo, fofo, ainda é cozinheiro? Acreditaria que quase ele não vai a reunião e me ligou avisando? Eu que consegui convencer ele a ir.
- Serio? Como?
- Dizendo que você fica toda dengosa quando tá assim - riu - O que não deixa de ser verdade!
- Ah Lanza, pelo amor de Deus.
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Eram Apenas Selfies I
FanficRenata Vasconcellos, uma jornalista respeitada e conhecida por todos, havia agora uma nova missão: assumir junto com William Bonner, um dos jornais mais assistidos do Brasil. Tímida, conservadora com sua vida pessoal e extremamente reservada em rela...