Eram Apenas Selfies I

Podemos?

O céu estava limpo e em um azul intenso, poucas nuvens e um sol armoniozo. Bonner, provocava Renata, enquanto puxava lentamente o fio de seu roupão, mas segundos depois, parou e sorriu, levando a mulher a ficar sem entender.

Tocando em seu rosto, o homem apenas disse:

- Não estou aqui para me trancar em um quarto e lhe ver acordar em meus braços, como se fosse apenas isso importante - lhe olhou nos olhos e com um sorriso meigo, continuou - Quero viver essas horas sentindo o que lhe faz amar esse lugar! Tocar na areia, fazer trilha, tomar banho de mangueira, deitar em frente a paisagem e tudo com você me mostrando como viver isso!

Renata, sentiu seus olhos lacrimejarem ao ouvir tais palavras da boca do homem. Nunca um homem a lhe pediu para mostrar o quanto amava a natureza, nem seu ex-marido. Ouvir do homem que gostaria de tocar na areia ao seu lado, lhe deixou visivelmente apaixonada e feliz.

- Quero que você me mostre como é viver aqui! - sorriu o homem, ao ver a mulher querer chorar, lhe levando a beijá-la com carinho, lhes mantendo juntos por alguns minutos, até que William, se separou - Vamos? Pois não quero perder nenhum segundo aqui - sorriu.

- Vou me trocar - falou toda animada.

Minutos depois, a mulher voltou usando uma camisa branca, casaco de tecido fino em cor azul e mangas longas, calça em cor ocre, cabelos presos, bolsa e um sorriso enorme no rosto, fazendo Bonner, ter a certeza de que não queria nunca mais ir embora dali. E por alguns segundos, apenas a admirou como a obra mais linda de todo o mundo de paisagens naturais impecáveis ao seu redor.

- Vamos? - perguntou ela

 - Vamos!

Eram exatas 9 horas da manhã, quando as duas pessoas entraram em uma área aberta próxima a casa de Renata, e lá, havia um imenso jardim com flores de várias espécies e cores, o que chamou a atenção de Bonner.

- Você fez tudo isso?

- Demorou, mas sim - sorriu

O homem foi se aproximando de cada flor que lhe chamava a atenção pela beleza e unindo uma a outra, montou um enorme buquê e entregou a Renata, que quando o recebeu, se aproximou para sentir o cheiro daa flores. Bonner, não resistiu e precisava registrar a cena, batendo uma foto que se transformou em uma das suas favoritas. 

Ambos continuaram seu caminho até chegarem próximo de um pequeno riacho, escondido entre as Árvores, onde só se podia ir quem realmente soubesse o caminho.

- Não podemos demorar! - disse Renata, ao se aproximar das águas para lavar as mãos - Pois é bem fácil se perder.

- Você sabe o caminho de volta? - perguntou preocupado, o que arrancou risos da mulher. 

- Enquanto houver luz, sim!

5 minutos depois, ambos voltaram a trilha que dava acesso a casa de Renata, mas em um certo ponto, Bonner, segurou a mulher por trás, a fazendo parar e sorrir, enquanto o ouvia falar em seu ouvido

- Vamos viver aqui e esquecer do mundo?

- Podemos?

- Acredito que sim! - a girou para encará-lo - Como você conseguiu isso de mim?

- O que eu consegui de você? - falou enquanto sentia o homem a envolver cada vez mais. 

- Me prender a você tão rápido!

- Não sei se foi... - foi interrompida com um beijo de Bonner.

As duas pessoas se beijaram intensamente e aos poucos, o homem foi levando Renata, até que encontrasse um tronco de árvore e a encostou nele, transformando o simples beijo em algo mais além.  Suas mãos, tiravam o casaco de Renata, que não relutava, apenas deixando-o fazer o que estava fazendo e por alguns segundos, fechou os olhos e suspirou ao sentir os lábios do homem em seu pescoço e o mordendo com leveza, a obrigando a cravar suas unhas nas costas de Bonner.

Se separando em busca de ar, as duas pessoas se olharam e o homem mordeu a ponta dos lábios de Renata, que sorriu ao ouvi-lo falar logo em seguida 

- Não faz eu me arrepender do discurso de horas atrás!

- Não vou! - riu ao lembrar que o homem havia falado que não estava ali para isso, e sim para aproveitar a natureza com ela.

- Obrigado! - sorriu e logo em seguida a mordeu no pescoço, o que a fez soltar um leve gemido e lhe dando um leve soco no braço, devido a dor nada agradável.