O carro de Bonner, estava em alta velocidade e no banco do passageiro estava Renata, tentando manter a calma enquanto o bandido ao seu lado não parava de lhe analisar, e com uma das mãos, tentou tocar seu rosto, mais ela virou e encarrou a janela em visível vontade de gritar, mais havia uma arma apontada em sua direção, o que seria a razão para estar forçando uma calma que não existia.
- Você é realmente muito bonita! Nossa! - falou o bandido que acelerava cada vez mais, passando a assustar a mulher, que mesmo assim, respirava fundo e não olhava em direção a ele.
Novamente o homem tentou tocá-la, mas dessa vez, focou em sua coxa e rapidamente ela o afastou e com medo de deixá-lo com raiva, esperou o pior, mas não foi o que aconteceu.
- Não vou maxucá-la. Não se preocupa. Se eu quisesse isso, já teria ido para outro lugar com você. Porque você é uma mulher incrível.
Renata, engolia o choro que estava preso em sua garganta e tentando focar suas atenções nas placas, tentava reconhecer por onde estava passando, para quando o homem se distrair e conseguir fugir.
Do outro lado da cidade, Bonner, saia apressadamente de dentro do Taxi, que havia parado em frente a delegacia mais próxima, e sem pensar onde estava sua carteira, lembrou que havia deixado denteo do carro.
- Amigo, minha carteira ficou no carro! - falou desesperado em pensar o que poderia ter acontecido com Renata.
- Não amigo! Vai lá! Não se preocupe!
- Obrigado!
Bonner, correu em direção ao prédio e assim que abriu a porta, viu o local cheio e sem pensar, parou o primeiro policial que avistou e começou a falar o que havia acontecido, sendo em seguida, levado ao Delegado encarregado naquele horário. Ao abrir a porta, o jornalista viu um homem jovem que rapidamente o pediu para entrar e se sentar.
- O que houve?
- A minha namorada foi sequestrada!
- Quem é sua namorada?
- Renata... - estava visivelmente desesperado.
- Renata?
- Vasconcellos... Renata Vasconcellos! Por favor, façam alguma coisa!
- A do jornal?
- Sim! - elevou o tom se voz.
- Merda! - levou a mãos a cabeça em visível sinal de preocupação, o que deixou o jornalista ainda mais preocupado - Tinha que ser ela?
- Como assim?
- Estamos no Rio de Janeiro, William! Renata, é uma mulher bonita, atraente e rica, você acha que esses vagabundos não estão sabendo disso?
- Por isso eu vim aqui! Para vocês irem atrás dela!
O Delegado, levantou-se rapidamente de sua cadeira e assim que se afastou, ordenou ao polícial que estava na companhia dos dois homens, que acionasse o máximo de viaturas para se posicionar nos possíveis pontos onde o carro de Bonner, poderia passar em fuga, e obedecendo, o polícial rapidamente saiu.
- E você William, tá com seu celular?
- Não! Ficou no carro - começou a chorar.
- Calma! Esses vagabundos vão aparecer e ela vai ficar bem.
Renata, estava cada vez mais apavorada em perceber que estava se afastando do Centro da cidade, e por um segundo, pensou em saltar do carro, mais a alta velocidade que o veículo estava, seria capaz de matá-la, fazendo esquecer a ideia e começar a chorar em desespero.
- Calma moça - tentou tocá-la novamente e mais uma vez o afastou.
- O que você quer? - falou com a voz trêmula.
- Você é uma mulher que pode me oferecer muita coisa, só de me olhar com esse rosto bonito! Mas não sou eu quem quer você!
- Vocês querem dinheiro? Eu dou! Só me deixa sair daqui! - chorou.
- Não posso. Desculpe.
- O que vocês querem? Me deixa sair!
A jornalista sentiu o carro dobrar e rapidamente se assustou, percebendo o bandido parando bruscamente ao ver de longe uma viatura parada a frente, fazendo Renata, ir para frente e ser segurada pelo cinto de segurança.
- Merda!! - o homem acionou a marcha e deu a ré, fazendo Renata, voltar com o corpo no banco e percebendo que a viatura estava se aproximando, ficou feliz.
O bandido acelerou mesmo de ré, enquanto a viatura acelerava em direção ao carro, e um som alto, veio de trás do veículo, fazendo com que o carro de Bonner, fosse parar do outro lado da avenida. Renata, bateu a cabeça no vidro do carro, o que a fez desmaiar e não perceber o que havia acontecido.
O bandido percebeu que estava cercado e que não conseguiria usar a jornalista como refém, escolhendo sair do carro enquanto os polícias corriam em sua direção nas vielas que ali existiam, enquanto outros, iam até o carro de William, e viam Renata, desmaiada no banco do passageiro.
Na delegacia, William, estava sentado ainda na sala do delegado em desespero ao pensar que Renata, poderia estar em perigo nas ruas e nas mãos de pessoas que sabiam quem ela era.
A porta da sala foi aberta rapidamente e o Delegado, entrava avisando que a jornalista havia sido encontrada e que estava bem.
- Ela teve sorte! Achamos seu carro tentando acessar o morro. Interceptamos e o vagabundo conseguiu fugir, mais já estamos atrás dele.
- E ela? Onde ela tá? - levantou-se rapidamente de onde estava.
- Foi levada ao hospital. Vou pedir para levarem você lá.
Entrando no hospital rapidamente, Bonner, foi até a recepção e perguntando por Renata, foi informado que ela estava na infermaria devido ter batido a cabeça no vidro do carro, e pedindo para ser levado até lá, o homem a viu e correu até sentir que ela estava bem.
- Meu amor! - abraçou o mais forte que podia.
- Bonner! - lhe abraçou ainda mais.
- Eles fizeram alguma coisa com você? - a largou e delicadamente levou suas mãos ao rosto da jornalista em análise.
- Não, porque não deu tempo - encostou sua cabeça novamente no peito de Bonner, e começou a chorar, soltando o medo que estava prendendo em sua garganta para não demonstrar fragilidade ao bandido.

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Eram Apenas Selfies I
FanfictionRenata Vasconcellos, uma jornalista respeitada e conhecida por todos, havia agora uma nova missão: assumir junto com William Bonner, um dos jornais mais assistidos do Brasil. Tímida, conservadora com sua vida pessoal e extremamente reservada em rela...