A Jornada Começa

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SEGUNDA - 2014

O dia estava lindo, o céu azul e poucas nuvens e ao abrir os olhos, Renata se deparou com seu marido Miguel, dormindo ao seu lado e sorriu. Ela estava ansiosa e nervosa pelo dia que iria começar, fazendo com que ela não conseguisse ter uma boa noite de sono, indo finalmente conseguir descansar as 4 horas da manhã e as 7 horas, estava ali, acordada. Mas a vantagem seria que ela poderia descansar por mais algumas horas no decorrer do dia, pois sua nova jornada de trabalho começava as 14h30 da tarde.

Renata, levantou-se e caminhou até o banheiro para fazer sua higiene diurna e ao voltar, viu seu marido dormindo e de imediato veio em sua mente o quanto eles foram felizes, e a diferença que existia entre eles agora, transformava o amor em competição, não por parte dela, mas por parte dele.

A jornalista foi até a cozinha e lá tomou seu café, leu algumas notícias para se manter a par do que estava acontecendo no pais, olhou para o relógio e percebia que as horas não passavam e sua ansiedade ficava cada vez maior.

- Preciso me acalmar!

Renata, resolveu caminhar pelas trilhas que haviam perto de sua casa. Conhecia o caminho de todas, do início ao fim com a palma das mãos. E seria bom para ela extravasar toda essa ansiedade.

As horas foram passando e ao perceber, eram 13h30 da tarde e ela já estava arrumada com uma calça de alfaiataria preta e paletó preto, cabelo escovado e maquiagem simples.

- Vamos lá, Renata!

O luz forte, dificultava que Renata, enxergasse o que estava em sua frente e trajada com uma calça de alfaiataria preta, terno preto e cabelos soltos, a jornalista entrou na Redação de Jornalismo da Globo e caminhando, cumprimentou a todos, fazendo sua presença ser notada da forma mais amável possível.  Seu jeito meigo e carinhoso, foi notado por todos e quando se aproximou da bancada do Jornal Nacional, parou ao sentir um frio na barriga e um pensamento que foi falado em voz alta:

- Eu realmente consigo?

 Sons de passos vieram em sua direção, acompanhado de um forte cheiro de perfume masculino adocicado e o quanto mais próximo, mas forte.

A mulher sentiu uma mão de homem tocar seu ombro e ao olhar para trás, viu William Bonner, parado lhe olhando e sorrindo, e isso lhe transmitiu confiança, e logo em seguida o ouviu dizer:

- Você consegue! Confie em você, como todos nós confiamos! - sorriu mais uma vez.

Um sorriso involuntário surgiu no rosto de Renata, que arrumou sua postura, levantou a cabeça em confiança e ao olhar para Bonner, notou que ele estava com uma das mãos esticadas para ela, e assim, ela pegou sua mão e ele a conduziu até sua nova casa, sua nova cadeira e principalmente, sua nova responsabilidade diária.

Assumir o Jornal Nacional ao seu lado.

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