- Vou lhe levar pra casa.
Bonner, ajudou Renata, a descer da maca e se despedindo da enfermeira, a jornalista andou com o homem a segurando pela cintura e ambos caminharam até a saída do hospital. O homem, a abraçou a sentindo perto e visivelmente aliviado em nada ter acontecido com ela durante essas horas.
Um taxi apareceu e para a surpresa de Bonner, era o mesmo senhor que o havia deixado na delegacia. Poderia ser uma coincidência?
Abrindo a porta do carro, o homem deixou Renata, entrar primeiro e em seguida entrou e olhando para o motorista, o perguntou se ele estava de passagem e para sua surpresa, escutou o senhor dizendo
- Segui a viatura. Estava preocupado com o senhor sozinho nessas ruas. Ainda mais sendo uma celebridade.
- Muito obrigada - agradeceu Renata, ao escutar as palavras do homem.
- Obrigado amigo! - disse, Bonner.
Renata, passou os braços por Bonner, e se deitou em seu colo dentro do carro, tendo que encolher as pernas devido ao espaço pequeno, enquanto o homem segurava seu braço e não pôde deixar de analisar se o vestido da mulher estava subindo, mas não estava, voltando suas atenções a ela e agradecendo mentalmente a Deus, por ela estar ali em seus braços novamente.
O caminho foi longo e no decorrer, o jornalista foi avisado pelo motorista que a mulher estava adormecida em seu colo e ao olhar a viu se mexendo como se estivesse tendo um pesadelo, e a abraçando, percebeu que estava ficando quieta.
Chegando ao prédio do Jornalista, o homem teve que acordá-la e assim que o fez, ajudou ela a sair do carro e olhando no relógio do carro, viu que eram quase 5 horas da manhã.
- Volto para lhe pagar amigo. Tudo bem?
- Tudo bem!
Bonner, ajudou Renata, juntos subiram até o apartamento do Jornalista, onde lá, a levou para o quarto e avisou que não iria demorar, indo apenas pagar o taxista.
- Tudo bem, meu amor - sorriu e deitou na cama com a mesma roupa que usava desde o jantar.
O jornalista desceu e voltando as ruas, foi até o taxista e lhe pagou o dobro do que ele havia pedido.
- Mas...
- O senhor não tem ideia do quanto foi importante nessa madrugada. Senhor?
- Fernando! - sorriu
- Fernando... pode ter certeza que não esquecerei de você. Boa noite!
- Boa noite, William Bonner.
Bonner, permaneceu até ver o taxi sumir de sua vista e em seguida voltou à sua casa, indo em direção ao quarto e assim que chegou, viu Renata, adormecida e indo até ela, tirou seus sapatos e tentou tirar seu vestido, mais o zíper estava do outro lado, dificultando seu trabalho. O homem, apenas deu a voltou e deitou do outro lado da cama e assim que o fez, sentiu a mulher se aproximar o suficiente para que seu corpo encontrasse o dele e voltasse a dormir e passando os braços sobre ela, também dormiu.
O sol nasceu forte e o céu limpo, em um azul intenso e lentamente Bonner, foi abrindo os olhos e vendo Renata, encolhida em seus braços e adormecida e olhando seu celular sobre o criado mudo que estava ao seu lado, leu as várias mensagens de Lanza, além das inúmeras ligações.
- Caramba, eu esqueci de avisar! - bateu com o celular na própria cabeça.
Tentando fazer o mínimo de barulho, Bonner, mandou mensagem a Lanza, lhe informando que estava tudo bem e pedindo para que ela fosse a sua casa e levasae algumas roupas de Renata, pois não havia nenhuma ali, e como resposta, a estilista mandou que levaria mais uma coisa.
Largando o celular, Bonner, voltou a olhar sua namorada em análise se estava tudo bem e pensando em como havia se envolvido de uma forma tão intensa e rápida com uma mulher que era sua colega de trabalho.
A afastando lentamente, o homem saindo da cama e rapidamente foi ao banheiro e tomou um banho, pois Lanza, estava quase chegando.
Minutos depois, a irmã gêmea de Renata, estava no apartamento de Bonner, com a cachorrinha da jornalista no colo e uma bolsa com algumas roupas e ainda da porta disse
- Me diz que ela tá bem, Bonner? - falou com os olhos visivelmente inchados.
- Agora sim. Mas foi um susto horrível.
- Eu que o diga - entrou na casa - Não consegui pregar os olhos a noite inteira.
- Eu também não. Só pensando em como estamos vulneráveis.
- Exatamente.
Lanza, entrou e ainda com a cachorrinha de sua irmã no colo, viu Bonner, fazendo carinho no animal e pedindo licença.
- Vou ver se ela já acordou.
- Vou fazer o café - largou o animal no chão.
Bonner, caminhou até o quarto novamente e chegando lá, viu a mulher acordando em sua frente e com um sorriso entregou a ela a bolsa com as roupas.
- Lanza, está ai e trouxe para você.
Renata, levantou-se e foi até o banheiro para tomar um banho e tentar esquecer o que havia acontecido consigo própria na noite anterior e deixando a água escorrer por sua pele, relembrou das palavras do bandido.
"Não sou eu quem quer você"
- Quem iria fazer isso? - pensou enquanto a água escorria por sua pele e assim permaneceu por alguns minutos.
Saindo do banheiro com uma calça jeans azul e uma camisa branca e cabelo preso, Renata, caminhou até a sala e quando chegou perto da porta, ouviu latido e bem em sua frente estava sua cachorrinha balançando o rabo, e sentando-se no chão, a viu correndo em sua direção e pulando em seu colo, arrancando risos da mulher.
- Meu amorzinho! - abraçou o animal que não parava de lamber seu rosto e balançar o rabo.
- Ela ganhou nós dois juntos, Bonner - disse Lanza, com os olhos marejados e muito feliz em ver sua irmã gêmea bem e sem nenhum arranhão, depois de saber que ela havia sido sequestrada.

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Eram Apenas Selfies I
FanfictionRenata Vasconcellos, uma jornalista respeitada e conhecida por todos, havia agora uma nova missão: assumir junto com William Bonner, um dos jornais mais assistidos do Brasil. Tímida, conservadora com sua vida pessoal e extremamente reservada em rela...