Eram Apenas Selfies I

A festa

William e Renata, caminharam até o estacionamento, onde lá, a jornalista olhou para seu parceiro de bancada e sorrindo, perguntou

- Onde será a festa?

- Pensei que iriamos juntos?

- Preciso ir em casa. Irei logo depois! - sorriu

- Nesse caso, lhe mando o endereço. Pode ser?

- Claro!

Renata, virou, dando as costas para Bonner, que apenas a observava entrar dentro do carro.

- Lhe vejo daqui a pouco - sorriu para ele, que com apenas uma piscadinha, respondeu.

A mulher estava praticamente sozinha pelas ruas da cidade carioca, o que era algo incomum para o horário em que havia acabado de sair da Central de Jornalismo da Globo. Acostumada a viver desde que nasceu no Rio de Janeiro, Renata, sabia como o trânsito, em alguns horários, era caótico, mas para sua surpresa, não havia nenhum carro em excesso em sua frente.

- Estranho!

O som de mensagem ecoou dentro do automóvel e ao se aproximar de um semáforo que estava vermelho, parou e pegou seu celular, vendo no visor uma mensagem que descrevia um endereço e ao fim, assinado William Bonner. Um sorriso involuntário surgio e seus pensamentos foram interrompidos com som de buzina, e ao olhar para frente, percebeu que o semáforo estava aberto, a fazendo continuar seu caminho.

Chegando em casa, a jornalista havia esquecido completamente o que ocorreu com Miguel, vendo suas atenções sendo usadas para a escolha da roupa que usaria na festa de Boas-Vindas a ela.

Renata, se encaminhou diretamente ao banheiro, onde tirou as roupas e tomou uma ducha rápida, saiu com um roupão e andou até o quarda roupas, onde lá, pegou um vestido vinho, abaixo dos joelhos e de mangas curtas, mas que mostrava suas curvas em 1,72 m de altura. Seus cabelos estavam soltos, e rapidamente passou uma base e corretivo, batom rosa claro nos lábios, arrumou a sobrancelha grossa e perfeitamente desenhada, delineador nos olhos e uma singela sombra escura, sem exageros. A mulher estava literalmente atraente aos olhos de qualquer pessoa, e por mais tímida que fosse, não era preciso muito para que ela chamasse a atenção e atraisse olhares.

Um som veio da porta do quarto, e ao olhar, viu Miguel entrando com um olhar cansado, mas assim que viu como estava, parecia que ele havia acordado de um sono.

- Nossa! - falou enquanto analisava sua esposa dos pés a cabeça - Você está linda!

Renata, apenas sorriu, mas no fundo estava magoada pelo que o homem havia feito, mas preferiria esquecer e seguir para a festa preparada a ela, mesmo que ele não aceitasse ir.

- Vou a uma festa! - voltou a olhar para o espelho em espera de um questionamento, mas para sua surpresa, não foi o que aconteceu.

Renata, arrumava seus brincos quando sentiu Miguel, agarrar sua cintura e deferir beijos em seu pescoço. A aproximação de ambos, poderia até ser um sinal de que o clima entre o casal estava mudando, mas Renata, sabia que seu marido estava fazendo isso por ela estar toda produzida, sem isso, ele não faria.

- Você quer ir? - perguntou Renata, ao sentir que homem não estava se importando com o que ela estava falando, e que sua única atenção estava em seu corpo.

- Ir pra onde? - falou enquanto beijava seu pescoço e caminhava suas mãos pelo vestido da mulher

- A festa.

- Para que uma festa se podemos fazer uma? - Miguel, pegou no braço de Renata e a girou para encará-lo, e assim que o fez, a beijou com toda intensidade, mas a mulher não retribuiu com a mesma sensação, se afastando segundos depois, deixando o homem completamente sem entender e sedento por ela.