Capítulo 31

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Atenção!!! Este capítulo pode conter gatilhos que podem afetar o leitor. Por favor, se for sensível pule as cenas que considerar fortes.
















Wednesday's pov

Enid Sinclair me fascinava.

Seu jeito desastrado e espalhafatoso, a forma como ela ficava determinada quando tinha objetivos claros. Seus olhos azuis únicos, seu sorriso largo.

A forma que estávamos há alguns minutos atrás, a forma como seu corpo se contorcia, como ela demonstrava que queria mais, e de como eu deslizava com facilidade para dentro e para fora de forma lenta e deliberada, aproveitando cada momento de prazer enquanto nossos corpos se conectavam. Sentindo cada cada centímetro de dela, me envolvendo em um êxtase extremo.

Confesso ter sentido incômodo quando aquele bastardo invadiu meu quarto, eu sabia que ele já tinha visto Enid nua e isso me irritava profundamente. Mas a forma como ela não ligou, a forma que ela cavalgava em mim enquanto olhava para ele, me trouxe satisfação. Ela não parou, apenas ignorou e voltou a focar em mim, como se nada além de nós existisse.

Uma possessividade estranha tomou conta de mim, quando eu a levei para aquela porta, eu sabia que ele ainda estava lá. Podia ouvi-lo respirar de forma pesada, sentia a raiva dele. Enid era minha e ninguém a tocaria além de mim, ninguém mais veria ser corpo nu, eu arrancaria os olhos do infeliz e o faria engolir.

Ver ser corpo mole e fraco sobre mim, foi uma sensação única. Tocar seus cabelos úmidos pelo suor em seu corpo sonolento, como podia alguém ser tão bonito?

Deixei que a água do chuveiro caísse sobre nós, principalmente sobre ela. Quando despertou e se deu conta do que havia acontecido, seu rosto tomou uma coloração rosada e eu tive a sensação de que ela queria se esconder.

Como alguém podia ser tão depravada durante o sexo, e logo depois agir com tanta vergonha como se fosse uma moça totalmente inocente e pura?

Seus olhos estavam brilhantes e ela não parava de sorrir.

Vesti um terno preto enquanto Enid optou por um vestido que ia até um pouco abaixo de seus joelhos da cor rosado. Ela linda, uma pena que a ocasião não era das melhores.

Caminhamos lentamente a sala do trono, podia sentir Enid tensa ao meu lado, eu não a culpava. A cada passo minha raiva crescia, odiava tudo aquilo, odiava o maldito acordo, a maldita guerra.

O que eles fariam se descobrissem que eu secretamente mandava mantimentos e recursos para o grupo rebelde? Dei a Divina a tarefa entregá-los em sigilo, isso seria de grande ajuda para quando nos encontrarmos. Pessoas morrem na guerra, passam fome e se machucam, meus recursos poderiam muito úteis, e o melhor? Poderia usá-los a meu favor para convencer os rebeldes de que estávamos do lado deles.

Já em frente as enormes portas da sala do trono, segurei a mão de Enid que me olhou um pouco surpresa. Ela assentiu, dizendo-me que estava pronta para o que viria.

Ao entrar, me deparei com nossos companheiros, incluindo o bastardo que nos olhava sério. Alina e Aron estavam lá, Agnar e sua esposa também se encontravam no local, algo estava estranho nela. Marianne estava coberta de preto e usava óculos escuros, nem mesmo os vampiros presentes estavam de óculos. Dracula e sua esposa mimada estavam lá também, junto com outros membros que eu julgava ser insignificantes, mas eles se achavam importantes demais apenas por serem nobre e estarem ali.

-Estamos aqui para realizar a união de dois reinos, o contrato que nos levará a paz entre nós. O casamento da herdeira dos lobos é a herdeira dos dragões.- Meu tio começou o maldito discurso, eu estava odiando cada segundo.

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