𝐌𝐘 𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐎𝐍𝐄 | 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐒𝐂𝐀𝐄𝐓𝐀

𝙳𝙴𝚉

[Alerta de cenas +18. Se não gostar de leituras desse tipo, recomendo que pule esse capítulo].

Isadora
18/10/2019 | sexta-feira.

📍Casa do Rafinha.

Apesar do meu completo nervosismo desde o momento em que entrei no carro de Arrascaeta, naquele instante eu me sentia totalmente à vontade. Giorgian realmente tinha razão. Tanto os caras, quanto suas esposas, me trataram da melhor forma possível. Muito receptíveis e carismáticos. Até mesmo Gabriel, que mesmo estando bêbado, ainda sim foi gente boa comigo.

Aliás, nem sei como consegui agir naturalmente perto dos jogadores que eu vejo duas vezes por semana na tv ou no estádio, que na maioria das vezes eu xingo pra caralho. Pensar que eu só via eles há quilômetros de distância, e ali estavam tão pertinho de mim. Era um bagulho surreal mesmo.

Grande parte da minha sensação de conforto, devo ao camisa quatorze, que contribuiu muito para que minha aflição e receio fossem embora imediatamente. Desde que saímos do meu condomínio, veio me acalmando e dizendo que não havia necessidade de tanta tensão. E realmente, estava completamente certo.

Após ficarmos um grande tempo conversando, fomos para a mesa de jantar. A comida, do contrário do que eu pensei que seria, era completamente simples: arroz, feijão, salada e carne. O simples que eu amo demais. De sobremesa, torta alemã – que inclusive, estava uma maravilha.

Após terminarmos, ainda pediram comida japonesa e duas pizzas, mas já não cabia mais nada na minha barriga. Além de que, eu também não curto muito peixe cru. Então, passei e deixei pra próxima.

No fim, por volta das dez e vinte, Giorgian e eu nos despedimos dos únicos que se faziam presentes ali: Rafinha e Fernanda, Filipinho e Patrícia, Everton Ribeiro e Marília – que aliás, me reconheceu, do dia em que tirei fotos do Guto no estádio. Obviamente, agradeci por tanto carinho da parte deles e demonstrei ter sido um grande prazer conhecê-los. De verdade, eles foram um amor comigo, bem melhor do que eu esperava.

Já na parte de fora da casa, Arrasca fez questão de abrir a porta do passageiro para mim, agora não sei como um ato de cavalheirismo, ou porque ele jura que estou bêbada e que não conseguiria me manter de pé. Isso seria bem improvável, afinal, tomei menos que dez taças de vinho, até porque ele não me permitiu tomar mais que isso.

— Isso é sinal de quem bebeu demais. — ele diz seguido de um riso enquanto dirigia, após presenciar eu bater a cabeça no vidro do carro. Eu o olhei me perguntando se estava falando sério.

— Giorgian, eu não tô bêbada. — neguei pela milésima vez naquela noite — Primeiro que eu não tomei mais que dez taças. Você não deixou, lembra?