𝚅𝙸𝙽𝚃𝙴 𝙴 𝚂𝙴𝚃𝙴

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Isadora
23.12.2019 | quarta-feira.

🇧🇷 Rio de Janeiro, Brasil

Um suspiro aliviado saiu quando enfim botei os pés na cidade maravilhosa. Tive tanta, tanta, TANTA saudade. Nenhuma cidade ou país é capaz de superar esse climinha do meu RJ. Mineira e carioca ao mesmo tempo.

Desembarcamos do Errejota após dois dias daquele dia que eu me recuso a falar. Ainda guardo mágoas – e sempre vou. Orgulhosa do time, mas puta com um certo jogador do sorriso colgate, que também me RECUSO a falar o nome.

A maioria da delegação do Flamengo desembarcou no Rio no dia 22, enquanto outros emendaram as férias. Como já esperava, o elenco foi recepcionado com todo amor e apoio do mundo – e não seria diferente depois da temporada histórica.

Giorgian e eu fomos do contra. Voltamos à cidade maravilhosa somente hoje, já que ele cedeu a minha vontade de ficar mais uns dias e conhecer mais um pouco de Doha. Só voltamos porque o Natal está chegando. É, ele vai passar essa data incrível comigo e minha família. Depois, viajamos para o Uruguai, para finalmente conhecer seus pais. Só de falar da um frio na barriga.

— Não vai nem passar pra cumprimentar meus pais? — faço biquinho para meu namorado, que se negava a entrar comigo em casa.

— Princesa, vou só tomar um banho e já volto. Relaxa. — pega em meu rosto e deixa um beijo em minha testa — Volto em meia hora. — me abraça e encosta o queixo em minha cabeça.

— Promete? — eu pergunto manhosa, ele assente — Vou confiar, hum? — falo e deixo um selinho em seus lábios — Te amo muito!

También te amo muito, minha linda. — deixa diversos beijos em minha boca, bochecha e testa — Come e descansa um pouco, tá? Estás comendo muy mal ultimamente. — pede, andando comigo até o elevador e colocando minha mala lá dentro — Até depois. — beija minhas mãos e caminha até seu carro.

Ao vê-lo sair, apertei o botão para subir. Tava com tanta saudade dos meus pais, e até da praga do meu irmão. E olha que nunca sinto saudade dele.

Tive uma triste surpresa ao abrir a porta do apartamento ondo moro. O meu “CHEGUEI!” com um sorriso largo, se transformou em uma cara de desgosto tão feia, que nem deu pra disfarçar.

Simplesmente as irmãs da minha mãe – uma que fala ou falava mal de mim A BEÇA pelas costas –, seus maridos e filhos. Únicas que gostei de ver ali, foram minha avó, minha tia Eva, tio Carlos e minha prima Lúcia – os únicos que tenho contato.

O que eu fiz pra merecer isso?

— Finalmente, hein querida! — tia Ana, justamente a que fala mal de mim, diz ao me ver adentrar na minha casa.

— Oi, tia. — não faço questão de demonstrar minha simpatia, somente dou um sorriso forçado — Mãe, posso falar com a senhora? Não tô me sentindo bem. — arrumo um pretexto para ficar a sós com a mais velha. Ela assentiu.

Peguei minha mala e subi as escadas, minha mãe veio logo atrás.

— O que você tem, meu amor? Passou mal durante a viagem? — demonstra preocupação ao chegarmos no meu quarto.

— Não, mãe. — eu cruzo os braços, andando para o outro lado do cômodo — Por que eles tão aqui?

— Vão passar o Natal conosco, Dora. — explica, eu bufei assim que a ouvi falar “conosco” — Não gostou?

𝐌𝐘 𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐎𝐍𝐄 | 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐒𝐂𝐀𝐄𝐓𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora