𝚃𝚁𝙸𝙽𝚃𝙰

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Isadora
04.01.2020 | sábado

🇧🇷 Rio de Janeiro, Brasil.

Enfim, de volta à cidade maravilhosa. Dessa vez, volto mais contente, pois aqueles seres que costumo chamar de parentes, foram embora. Finalmente poderia ter paz naquela. Obrigada, senhor.

Apesar de terem sido poucos dias em Nuevo Berlín, pude aproveitar e curtir bastante a família de Giorgian. Eles são uns amores, super atenciosos e simpáticos. Antes de ir para o aeroporto, pediram para que eu não demorasse para voltar à cidade, pois sentiriam minha falta.

É sério, eu desejo sogros assim para todo mundo. Que sejam como uma segunda família. Pois é assim que já os considero.

Seria um dia proveitoso para nós. Combinamos de ir a praia em família, todos juntos. Eu, meus pais, Rafael, Giorgian, Giovanna, seu ficante e alguns jogadores do elenco, como Gabriel – que acabara de voltar para o Rio – e Rafinha.

Mas isso só estava marcado para às 15h, e eu cheguei às 8h. Então, tinha tempo de sobra para dormir, e assim fiz, porque também estava com uma dor de cabeça terrível. Isso tem se tornado constante. Talvez eu devesse seguir os conselhos de meu namorado e ir a um médico averiguar minha saúde.

Por falar nele, me deixou no meu apartamento e foi direto para casa. Estava cansado também, claro. Pedi para que dormisse aqui, mas não se sentiu à vontade. Foi para sua casa e disse que as duas e meia da tarde estaria retornando.

Por outro lado, Giovanna – ansiosa até demais – chegou um pouco mais cedo que o combinado na minha casa. Quase duas da tarde. UMA E CINQUENTA E CINCO DA TARDE.

E tudo bem, sabe? Contanto que ela esperasse até umas duas e pouquinho para ir encher minha paciência. Mas não, ela fez QUESTÃO de ir para meu quarto na hora que chegou. E não teve ninguém pra impedir essa garota.

— E aí, e aí, e aí? — abriu a porta do quarto com toda força existente que havia nela, com um tom de animação invejável — Bora? Partiu? Já podemos pegar um solzinho? Uma marquinha? — jogou sua bolsa no chão e foi para frente de meu espelho.

— Giovanna, pelo amor de Deus. — pego meu celular em baixo do travesseiro e olho o horário — Porra, vai dar duas horas ainda. Sério que você veio quase uma hora antes do que a gente tinha combinado? — perguntei, jogando minha cabeça no travesseiro de novo.

— Mas é claro. — coloca as mãos na cintura, me olhando do reflexo do espelho — Vim te ajudar a escolher seu biquíni, como a gente sempre faz, lembra? — fingi estar escutando, mas na verdade eu não estava raciocinando nada, só concordava com a cabeça com tudo que minha melhor amiga estava dizendo — E outra, estamos de férias da faculdade, temos que curtir o quanto for possível.

Nisso eu concordei de verdade. Finalmente tive um tempo para respirar. Sem exercícios, sem provas, sem reflexões, sem fotos para tirar como mensal – não que eu não goste de tirar fotos. Eu gosto, mas pra mim mesma.

Aliás, faz tempo que não revelo uma foto. Meu cantinho de fotografia está ali no espaço do closet. Nem lembro como se faz mais.

— Tu tá dormindo demais ultimamente, hein? — pega o travesseiro que estava na cadeira ao lado da porta e joga em minha direção — Toda vez que venho ou mando mensagem pra você, cê fala: “ai, tava dormindo”. — me imita na última frase, eu gargalhei sonolenta.

𝐌𝐘 𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐎𝐍𝐄 | 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐒𝐂𝐀𝐄𝐓𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora