𝚃𝚁𝙸𝙽𝚃𝙰 𝙴 𝚄𝙼

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Isadora
mesmo dia do capítulo anterior.

5 semanas.

Esse é o meu tempo de gestação. 5 semanas. Basicamente, um mês e alguns dias.

Tô com um criança no ventre há um mês e sequer tinha ideia. E eu não sei o que eu vou fazer. Não sei, mesmo.

— E aí? O que deu, hum? — pergunta curiosa, ao me ver sair do banheiro.

— 5 semanas. — mostro o teste para ela. Sua reação foi completamente diferente da minha. Um sorriso veio imediatamente no rosto dela.

— Amiga, parabéns. Fico feliz por você, sério. — sorriu pegando o objetivo. E parecia até que era dela.

Eu andei para o outro lado do quarto com uma das mãos na boca. Era como um momento de choque, um choque de realidade, que eu não conseguia acreditar.

— Por que está assim, amiga? — veio em minha direção e me abraçou por trás.

— Gio, não é que eu não quero ter filhos, você sabe que eu quero. Mas eu não acho que esse seria o momento ideal, sabe? Sem planejamento. — explico, ela compreende — Tô acabando o curso que eu tanto queria. E outra, eu acabei de começar um relacionamento sério com o Giorgian, e a gente nem conversou sobre isso de ter filhos ainda. — eu disse, aflita — Enfim. Sei lá, não sei. Não sei como vou contar isso à ele, aos meus pais. Não faço ideia e minha cabeça tá girando, girando e girando pensando nisso.

— Dora, olha aqui. — abana meu rosto para que não escorresse as lágrimas que queriam descer — Pensa no lado bom, cê está gerando uma vida dentro de ti, cara. Uma vida, que será a sua vida. Um ser que você vai amar mais que tudo e proteger de qualquer maneira possível. Pô, gerar um bebê é tipo... Incrível, tá ligada? Gerar um ser é a coisa mais linda que existe. E olha que não é dos meus maiores sonhos ser mãe, tá? Eu pretendo, mas também não está no topo da minha lista. — riu fraco — E esse é seu maior sonho, não é? — eu assenti — Então. Aproveita, cara. Às vezes não é o momento que você queria, mas é o momento que o carinha lá de cima planejou e achou melhor pra vocês. — apontou para cima e sorriu de canto — E outra, tô aqui com você. Cê nunca vai estar sozinha. Sei que sou chata, isso e aquilo, mas eu sou sua melhor amiga, e as melhores amigas servem pra isso, pra apoiar. — me acolhe da maneira que eu precisava, e eu só pude abraça-la muito forte.

— Te amo. Obrigada por estar comigo sempre. — beijo sua bochecha e acaricio seu cabelo.

— Também amo você, Dora, muito. Conta comigo sempre, tá? — olha para mim, eu assenti — E você, serzinho que está aqui dentro. — abaixa, no intuito de falar com a pessoinha que estava ali dentro  — Madrinha promete... Porque eu vou ser a madrinha, né? — olha para mim, eu concordei rindo — Então a madrinha promete que vai ser sua maior complô de tudo. Se você for menininho, te ajudo a conquistar as meninas e jogo bola com você, mesmo sem nem saber dominar uma. E se você for menina, madrinha vai distrair seu pai pra você pegar os meninos por aí. — fez carinho por cima de meu abdome — E o principal, não importa qual sexo você seja, madrinha vai amar, cuidar e proteger muito você, como se fosse meu filho ou filha. — termina e dá um beijo em minha barriga, depois sobe novamente — Agora vou ficar quieta, se não choro também. — riu — Quando vai contar pra ele?

— Quando chegarmos da praia. Preciso de um tempinho pra raciocinar isso e pensar como vou dizer. — falo, minha melhor amiga entende — Agora vamos, devem estar esperando há bastante tempo. — pego minha mochila com as coisas necessárias, e brevemente escuto a reclamação de Gio.

𝐌𝐘 𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐎𝐍𝐄 | 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐒𝐂𝐀𝐄𝐓𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora