𝙳𝙴𝚉𝙴𝙽𝙾𝚅𝙴

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Arrascaeta
06.11.2019 | quarta-feira | 19h40.

Esperava ansioso por uma mensagem positiva de Isadora. Era o dia que finalmente conheceria seus pais e pedia sua mão à eles. E na real? Tava nervoso pra caralho. Não fazia ideia se iriam gostar de mim, principalmente seu pai. Minha maior preocupação na verdade era ele. Mas ao mesmo tempo que minha ansiedade e nervosismo tomavam conta, também tinha um pingo de confiança que tudo daria certo. E se não desse, iria fazer de pelo contrário. Tudo pela Isadora.

O almoço que combinamos mudou para um jantar, isso porque foi o único horário que ficou acessível para os pais dela. Pelo que entendi, sua mãe fica o dia todo no hospital e seu pai no consultório. Portanto, o único momento livre é à noite. O lado ruim disso é que passei o dia todo pensando no jantar. A cada minuto. Quando chegou, a aflição bateu pra caralho.

Finalmente Dora havia mandado uma mensagem de confirmação, dizendo que eu já poderia ir para sua casa. Eu dirigi num nervosismo do caramba, não conseguia nem pensar, tava até om receio de fazer merda. E a ansiedade foi tanta, mas tanta, que em menos de quinze minutos eu já estava em seu apartamento. Subi no instante em que o porteiro terminou de interfonar. Toquei a campainha e o aquele frio na barriga veio. Foi estranho, eu nunca fui de sentir isso. Efeito Isadora, talvez.

— Oi, príncipe. — Isadora aparece na porta e me abraça assim que me vê — Tudo bem? — eu assenti, não dizendo uma palavra — Não fica nervoso. — ela riu e segurou em minha mão, dando a iniciativa para entrar — Preparado? — suspirei fundo e confirmei com a cabeça.

Ao adentrar na casa, observei seus pais no sofá junto de Rafael, irmão de Isadora. Vi seu pai arregalar os olhos. Sua mãe abriu a boca e colocou a mão por cima. Seu irmão estava com um sorriso de orelha a orelha. Reações diferentes, mas ao mesmo tempo semelhantes. E cai na real? Eu não sabia nem o que dizer.

— Cê tá zoando, filha? — a mãe de Isadora a olha de olhos esbugalhados e se levanta, se aproximando — Esse é o Arrascaeta ou é um sósia dele? Porque é muito igual. — percebo minha futura sogra me olhar de cima baixo e fissuradamente, tentando confirmar se a hipótese dela estava correta.

— Mãe, por favor. — sussura, mas por estar ao meu lado, consigo escutar — Sim, é o Giorgian. É dele que eu falo com tanto mistério. — Dora me olha com um sorriso fechado e encosta sua cabeça em meu ombro.

Encantado de conocerla, dona Kátia. — estendo minha mão e a mais velha aperta — Isadora habla muy bien de ti. — envolvo meu braço esquerdo por volta de minha princesa.

Naquela hora o nervoso estava menor. Me sentia à vontade para falar – pelo menos com a mãe dela. Já havia notado que, pelo sorriso e expressão, dona Kátia já havia gostado de mim. Pelo menos foi o que deu a entender.

— Eu que me sinto lisonjeada em te conhecer, rapaz. — fala empolgada e com um sorriso no rosto — Meu Deus, se eu soubesse que você é o meu futuro genro, teria caprichado mais na cozinha.

— Que isso. Tenho certeza que lo que preparaste está delicioso. — digo com convicção.

— Fernando, vai ficar aí jogado nesse sofá? Vem cumprimentar o Arrasca.  — fala em tom de bronca com o marido, que logo se levanta — Posso te chamar assim? Como prefere que eu te chame?

— Giorgian está bom, mamãe. — Dora responde por mim — Desculpa por isso. — sussurra em meu ouvido, eu dei risada e disse estar tudo bem.

Señor Fernando, mucho placer, Giorgian. — levanto minha mão e o pai de minha princesa aperta — Pido disculpas por no haber venido antes, Isadora no me convidou y tive que me oferecer. — Isa me olha repreendendo, eu apenas ri.

𝐌𝐘 𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐎𝐍𝐄 | 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐒𝐂𝐀𝐄𝐓𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora