𝙲𝙸𝙽𝙲𝙾

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Isadora.
08.10.2019 | terça-feira.

Eu finalmente completava mais um dia intenso e cheio na universidade. São, no total, cinco horas por dia de aulas de fotografia, o que cansa e me desgasta MUITO!

Sei que faz parte do meu futuro, o futuro que eu EU escolhi pra seguir em frente, pra alcançar meus maiores objetivos e realizar os meus sonhos.

Mas é complicado...

Porém, com esforço e dedicação, creio que eu enfim esteja formada no fim do ano que vem. Portanto, a luta continua.

À passos largos, eu saía do local, acompanhada da minha melhor amiga e companheira de facul, Giovanna.

Ela tagarelava sem parar, enquanto eu apenas me fazia e sentia uma boa ouvinte.

Vai gostar de falar assim lá longe, viu?

— Amiga, e o Arrasca? Não te mandou mensagem mesmo? - pergunta em meio a sua série de frases rápidas. Me mostrei desinteressada do assunto, mas mesmo assim, respondi.

— Não. — falo breve e com um completo desânimo visível em meu rosto — Mas acho que eu já esperava, então nem coloquei muita expectativa.

É, como eu imaginava, Giorgian não me mandou mensagem. O vi da última vez no CT e nunca mais.

Saber que eu pensava que a gente poderia se encontrar mais vezes...

— Poxa, amiga. — minha companheira pôs sua mão em meu ombro lamentando e demonstrando total apoio — Mas quem tá perdendo é ele, né? — eu apenas concordei rindo, mas no fundo era uma tristeza sem tamanho — Seu irmão? — questiona direcionando seus olhos à um carro Hyundai HB20 cinza e levo meu globo ocular ao veículo.

— É. — bufei no mesmo instante e deslizei minha mão pela minha testa — Meu pai deve ter mandado ele vir me buscar. — supus, já que o mais velho era super protetor comigo — Chatice.

Sinto meu celular vibrar no bolso da calça jeans e logo o tiro dali. Era uma chamada de um número desconhecido.

— Quem é? — Gio indaga, mudando sua visão rapidamente para a tela de meu aparelho, apresentando curiosidade.

Eu somente levantei os ombros sem saber respondê-la.

— Atende, vai que é importante. — insistiu e mostrei dúvida sobre o que fazer — Vou indo, tá? A gente se vê amanhã. — envolve seus braços em meu pescoço com um abraço e me aperta de levinho — Amo muito você. — ela beija minha bochecha e acena com a mão direita, ao mesmo tempo que caminha até seu Ford Ka branco.

O telefone não parava de vibrar, o que estava me deixando aflita. Na curiosidade, segui o conselho de Giovanna e atendi o celular.

— Alô? — apenas o que disse.

— ¡Hola! Perdón, tu no me respondia no Whats, então resolvi dar un toque. — reconheci imediatamente a voz de Arrascaeta pelo seu apaixonante sotaque e pus uma de minhas mãos na boca.

Caralho!

Será que ele tinha esquecido de mandar a mensagem e só lembrou agora?

— Desculpa. Eu tava na faculdade, não consegui ver o WhatsApp. — expliquei, o mesmo compreendeu sem nenhum esforço a situação.

— Ou! — ouço meu irmão chamar minha atenção, então olho em sua direção — Vai vir ou ficar de papinho aí no telefone? Eu tô com pressa, caralho! — ele volta a berrar a uma distância de dez metros e eu peço calma com uma das mãos.

— Já vejo sua mensagem, tá? Preciso ir agora. — o uruguaio se despede e eu desligo o telefone.

Caminho até o carro do meu irmão com o celular em mãos, entrando no aplicativo de conversas.

𝐌𝐘 𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐎𝐍𝐄 | 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐒𝐂𝐀𝐄𝐓𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora