𝚃𝚁𝙸𝙽𝚃𝙰 𝙴 𝙾𝙸𝚃𝙾

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Isadora
08.07.2020 | quarta-feira

* 𝚚𝚞𝚊𝚝𝚛𝚘 𝚖𝚎𝚜𝚎𝚜 𝚍𝚎𝚙𝚘𝚒𝚜

31 semanas e um dia de gestação. Mais específicamente, oito meses. Já estava no terceiro e último trimestre. Graças a Deus, falta pouco – comparado ao início – pra conhecer a minha pequena. A nossa Luísa.

Agora, segundo a obstetra, Luísa tem o tamanho de uma abóbora menina. Ela tem sido agitada nas últimas semanas, se mexendo bastante e me dando altos chutes – essa é filha de jogador mesmo. Mas ela está ótima e saudável, os batimentos cardíacos estão na linha.

Daqui mais ou menos dois meses, Luli já estará entre nós. A previsão de sua chegada é no fim de agosto ou início de setembro, tudo depende dela. Sobre a escolha de parto, preferi normal, muito por conta de que na cesárea teria de levar uma agulhada nas costas. E se tem coisa que eu tenho medo e evito passar perto é agulha, Deus me livre. Vou da forma natural. Vai doer? Pra cacete – segundo mamãe –, mas tudo vale a pena pela minha princesa.

Aliás, tudo está pronto pra vinda dela. Além de ter comprado muitos mimos pra recebê-la, também ganhou muitos presentes dos avós e titios. Seu quartinho já estava feito, me adiantei até demais nisso. A decoração é misturada entre rosa e roxo – o tradicional. E ficou uma gracinha, sério.

Apesar de que ela nem vai usar muito, já que vou deixá-la pertinho da gente. A prova disso é o berço que já deixei em nosso quarto. Sei que vai chorar pra caramba e estou me preparando pra isso. Então, antes uma caminha pra ela aqui e eu souber quando estiver chorando, incomodada com algo, do que lá longe, né?

— Princesa? — escuto a voz de Gior passar pela porta do nosso quarto. Estava deitada sobre a cama box, não levantava por nada, ainda mais com o peso que está essa barriga — Já estou indo, hum? — sentou-se na beirada da cama, acariciando meu barrigão, eu fiz bico e tive sua ajuda para me levantar um pouco.

— Precisa mesmo ir? Vou sentir sua falta. — o abracei forte. Parecia até que não voltaria mais.

, linda. Final, né? Precisam de mim. — olha pra mim e deixa um beijo em minha testa — No quer ir para os seus pais? Te deixo lá e vou para o CT. — sugere, eu nego prontamente — Por que no, amor? Fico preocupado contigo aqui sozinha. Vai que precisa de algo.

— Giovanna vai vir daqui a pouco ficar comigo. Vai ficar até você chegar, fica tranquilo. — o tranquilizo, puxando os pelinhos de sua barba — E também não estou afim de sair de casa, sem condições. — me jogo na cama novamente, só ouço a risada de meu noivo.

Estás bien, linda. Mas se precisar de algo, já sabe. né? — eu confirmei com a cabeça. Ele logo se levanta da cama, deixando dois selinhos em meus lábios — Yo te amo mucho. Mais tarde estoy en casa, hum? — diz, eu assenti — Y papá también ama você, mi princesita linda. — fala com Luísa e deixa um beijo “nela” — Se cuida, linda.

— Pode deixar, amor. Bom jogo, boa sorte. Vou estar assistindo daqui. — digo, ele sorri e manda beijo — Amor? — chamo antes que se retirasse, o mesmo se vira antes de abrir a porta do quarto — Eu te amo. Muito. — o gringo sorri e repete o mesmo que eu, agora sim saindo do cômodo.

Pra onde estava indo? Bom, os jogos voltaram. O campeonato carioca voltou, depois de três a quatro meses paralisado. Hoje mesmo tem final – a que Gior vai jogar. Flamengo e Fluminense, pela final da Taça Rio – e sem torcida, claro. Eu não estava nada contente com isso na verdade, é meio perigoso pra todo mundo. Mas... Quem sou eu pra falar algo, né?

𝐌𝐘 𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐎𝐍𝐄 | 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐒𝐂𝐀𝐄𝐓𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora