𝚅𝙸𝙽𝚃𝙴 𝙴 𝙽𝙾𝚅𝙴

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Isadora
31.12.2019 | terça-feira.

🇺🇾 Nuevo Berlín, Uruguai.


Finalmente longe daquela família e da minha casa. Na verdade minha casa não era o problema, mas sim as pessoas que estavam nela – mais específicamente, a família da tia Ana.

O que aconteceu depois que ela tentou roubar um namorado meu de novo? Bom, contei tudo para meus os meus pais, que não toleraram e a expulsaram de lá, antes mesmo da festa de Natal. Minha mãe falou tantas coisas pra ela, mas tantas coisas, que é capaz da menina entrar em depressão. Mas eu achei bem feito.

Porém, como disse, expulsaram ELA, mas a família continua lá. Minha tia Ana fingiu indignação e “achou correto” meus pais a tiraram de lá. Antes, fez a filha me pedir desculpas. Na real eu não acredito no perdão de nenhuma das duas, mas disse que estava tudo bem.

Agora estou em solo uruguaio. Concordei com meu namorado em passar a virada de ano aqui com a família dele, já que o Natal ele passou com a minha. E eu acho que vai ser mais confortável passar com meus sogros – que eu tenho certeza que são super atenciosos –, do que passar junto com aquele povinho que eu não faço questão. Isso eu me refiro aquela família que todo mundo sabe e que eu não canso de dizer que me dá asgo. Minha mãe que me perdoe, mas ela tem cada parente sem noção.

— Está bem? — meu namorado pergunta, ao perceber que eu estava muito quietinha durante o caminho.

— Tô sim. — eu sorri fechado — Só um pouco nervosa, você sabe. — Gior riu — Não é todo dia que conhecemos nossos sogros, né?

— Fica tranquila, princesa. Eles vão amar você. — coloca o braço em volta de meu pescoço, enquanto olhava pelo vidro do táxi a cidade que ele nasceu.

— E como você sabe? — pergunto, insegura.

Bueno, primeiro porque eles são receptivos. Segundo, porque no tem como no gostar de tí. — me deu um cheirinho, eu arrepiei e sorri ao mesmo tempo.

— Amo você. — murmurei.

— Te amo também, linda. — beija minha testa.

Pelo que Giorgian havia dito, estávamos pertinho do lugar onde seus pais moravam. E ele não mentiu. Em menos de cinco minutos, já estávamos em frente a casinha deles. “Casinha” porque é bem pequenininha mesmo, simples sabe? Mas eu gosto, aliás, prefiro. Era um pouco afastada do centro da cidade, mas em frente ao mar. Uma visão tão linda.

Meus sogros já estavam em frente. Arrasca me ajudou com as malas e foi na frente para cumprimentar seus pais, que ele já não via há alguns meses. Fiquei bem para trás, tímida.

— Vem, princesa. — Arrasca me chama com a mão, eu respirei e caminhei um pouco mais rápido — Ella esta un poco nerviosa. — comenta com seus pais — Amor, esses são meus pais, Victoria e Daniel. Y esta es Isadora, la mujer de mi vida. — nos apresenta após eu chegar perto. Meu sorriso apareceu depois de ser referida por ele como “mulher de sua vida”.

Muy contento de conocerte. — me comunico em espanhol com meus sogros, facilitando um bom diálogo. Cumprimento cada um com um aperto de mão e um abraço — Pido disculpas por mi nerviosismo, soy un poco tímida. — explico, eles demonstram entender — Gior habla muy bien de ustedes. — falo, seus sorrisos estampam no rosto.

𝐌𝐘 𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐎𝐍𝐄 | 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐒𝐂𝐀𝐄𝐓𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora