- Meu amor, esperei muito por isso...As mãos febris já haviam percorrido todo o corpo, reconhecido cada curva, cada saliência, as partes sensíveis. O corpo sem nenhum artifício, sensual e que faz o meu querer está dentro dela, uma necessidade que nunca havia sentido com outra mulher, nem a pequena cicatriz do parto riscava a pintura que eu memorizei e foram muitas tentativas em vão para apagá-lo.
Um tremor de desejo percorreu meu corpo, o ritmo mudou, de sinuoso, passou a ser violento, não conseguia controlar o movimento, suas unhas cravaram nos meus braços, seios rosados, redondos e perfeitos, exigiam ser tocados, transpiração, calor na pele... Gemidos, eles são para mim.
- Sempre foram meus.
Percebi nos seus gestos descontrolados, ansiosos, que há muito tempo não era tocada, controlei meu desejo para lhe dar prazer, que sentisse minha paixão em cada toque, enlouquecesse gemendo, mas eu estava já no desespero de explodir ela pendeu a cabeça.
- Não posso suportar... eu...
Foi o tempo suficiente para me derramar e agarrar seu quadril no último movimento unindo a ela na corrente do êxtase do prazer, e mesmo assim, meu corpo não queria se afastar. Após jogar a camisinha no banheiro, retorno para a cama, Heloísa ainda se esforçava para restaurar a respiração, deitada de bruços, admiro suas costas. Ela se entregou, mas não foi por inteira, gemeu, porém não falou meu nome.
- Podemos fazer até o amanhecer e minha fome não diminuirá por você.
Agora entendo as palavras do papai, amo essa mulher, mas para ele existir é necessário consertar nosso passado. Afasto seus cabelos, beijo sua nuca, dou uma leve mordida e desço passando a língua alternando com os lábios por suas costas. Ela remexe, geme quando mordo o quadril, vira oferecendo os lábios, minha mão busca os seios.
- Meu corpo não é tão resistente - fala tocando meu rosto. - Você está mais bonito e irresistível, eu mudei.
- Em muitas coisas, porém o seu cheiro, seu corpo quente e delicioso continua me enfeitiçando - Passo a mão lentamente nele. - Por várias noites me torturei com nossas lembranças e imaginava se estava tão linda quanto em meu sonhos
E mais uma vez nos beijamos, suas mãos passeiam por meu corpo devagar, o beijo acende de imediato o desejo, embora tivesse a noite toda para saciar a paixão, não conseguia me conter.
- Fui um tolo achando que podia viver sem você! - Ela deixa de me tocar. - Agora esta cama tem cheiro de homem.
- O que está insinuando?
- Que todas as noites sentirá falta de mim ao seu lado. Tenho planos de deixar minha marca, além do seu corpo, cama, mesa. Onde guarda as camisinhas?
- Tenho uma filha, nunca trouxe homem, você foi... é o primeiro.
- Eu sei disso. - Mordo seu lábio.
Puxo para cima de mim. Ela tenta manter um distanciamento ao falar, acabamos de fazer amor, mas não foi como no passado - para ela também há um buraco entre nós - Arrumo os seus cabelos para um lado, seu olhar intenso me fitava e antes que se recolha e pense em me expulsar.
- Eu menti, não iria apenas dormir. - falo apertando-a.
- A cama da nossa filha está vazia e meu sofá é confortável.
- Seu corpo é melhor, melhor em tudo - Seguro seu rosto e beijo provocando. - Senti sua falta tantas vezes que chegava à loucura.
Ela me olha, mas por alguma razão evita me encarar. Coloco mais um travesseiro, acomodando melhor na cama.
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Amor Valioso
RomantikVocê venderia o seu amor? Heloísa tem sua vida planejada: trabalhar numa empresa com um bom salário e ajudar a mudar a realidade da sua família. Com pais interracial, desde de criança sabe o que é preconceito e acredita que só quem possui dinheiro...