✂ Dezessete ✂

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Ísis

A cafeteria que o Gustavo marcou comigo ficava super perto do prédio, então foi fácil encontrar. E mais fácil ainda foi ficar de boca aberta com aquele lugar que além de ser lindo demais, ainda parecia saído de um desenho animado.

Quer dizer, poderia ter saído de um filme da Barbie também.

As paredes tinham um tom de rosa-bebê e os rodapés eram dourados. O teto era cor de creme, já o balcão enorme era verde, um verde bem clarinho. Tinha também rosas brancas e cor-de-rosa enfeitando as mesas.

Eu fui até uma mesinha quadrada que ficava num canto, bem perto de uma parede com um desenho enorme de pássaros e flores.

Sentei numa cadeira de estofado rosa e apoiei as mãos no tampo azul-claro da mesa. Levei alguns segundos absorvendo a beleza do lugar e desejei ter um celular para tirar fotos dali.

 Levei alguns segundos absorvendo a beleza do lugar e desejei ter um celular para tirar fotos dali

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— Ísis! Poxa desculpa o atraso! Eu não conseguia encontrar um lugar para estacionar!

Gustavo tinha uma expressão quase desesperada no rosto. Eu ri.

Levantei e lhe dei um abraço, depois falei que não tinha problema, porque eu mesma havia acabado de chegar.

Quando nos sentamos, fiquei feliz por ter escolhido ficar de óculos escuros mesmo ali, porque a última coisa que eu queria era o Gustavo tão perto encarando meus olhos inchados.

— E então, vamos comer o quê? — Perguntei, endireitando-me na cadeira.

— O chocolate quente que servem aqui é uma delícia. E tem um bolinho de baunilha com morango que... Bom, digamos que você precisa provar!

Acho que até salivei só de ouvir aquilo.

— Então é isso. Vamos pedir, porque eu já almocei faz tempo e nem comi sobremesa.

Gustavo sorriu daquele jeito meio acanhado e fofo, então fez o nosso pedido e em seguida começou a retirar os desenhos da pasta que trouxe consigo. Ele foi explicando desenho por desenho enquanto me mostrava.

Eu fiz algumas perguntas, mas na maior parte do tempo só fiquei que bem uma boba admirando, tentando entender como alguém podia ser tão criativo.

As joias seriam vintage como ele tinha falado, mas tinham também uns detalhes modernos e até pouco convencionais. Por exemplo, havia uma pulseira que seria feita com pedaços de pedras preciosas que inicialmente seriam descartadas. Ele iria montar como um mosaico.

Gustavo explicou que faria aquilo inspirado no meu anel de noivado.

Porque assim como eu amei aquele anel mesmo danificado, talvez outras pessoas também pudessem se encantar por peças menos quadradas e um pouco fora dos padrões.

Eu super concordei. Aliás, estava óbvio que ficaria incrível.

— Você tinha razão, Guto... — Suspiro, mastigando o bolo que o garçom acabou de nos servir. — Isso daqui é de Deus, juro. Que delícia! Será que eu posso levar uma merendinha pra comer de noite?

Procura-se Uma NoivaOnde histórias criam vida. Descubra agora