✂ Vinte e três ✂

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Ísis

A Benê havia ido na frente com o Heitor, assim como a Maria Helena, a Camila e o Eduardo. E a essa hora, todos já deveriam estar nos esperando no lugar onde o Gael alugou para a festa do nosso noivado fajuto.

Eu não fazia ideia de como seria tudo e nem se as pessoas iriam mesmo, afinal era véspera de natal, porém, assim que a nossa limusine parou em frente a uma construção gigante que mais se parecia com um castelo, compreendi que todo mundo tinha ido. E digo isso porque o estacionamento estava lotado.

Assim que descemos um cara veio nos receber enquanto outro foi mostrar ao motorista onde seria o melhor lugar para estacionar.

— O que achou? — Gael sussurrou, apontando de um jeito todo pomposo para os degraus à frente.

Por um segundo não reagi.
Quando falei que o lugar se parecia com o castelo era mesmo verdade.

Havia umas colunas sustentando a entrada, uma porta dupla enorme, vários andares e janelas lindas

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Havia umas colunas sustentando a entrada, uma porta dupla enorme, vários andares e janelas lindas.
Dali de fora eu já me sentia visitando a casa da realeza, porém, foi quando entramos que entendi a dimensão de tudo.

Meu Deus!

— É um castelo mesmo? — Murmurei, agarrada ao braço do Gael.

Um homem muito bem vestido ia na frente nos guiando.

— Este é o Casarão Van Gogh. Foi criado em homenagem ao artista e há um salão com várias réplicas de suas obras. As originais, obviamente, estão em Amsterdã, na Holanda, seu país natal. Porém, posso jurar que aqui é um dos lugares mais bonitos que já vi. Irei te mostrar tudo.

Meus olhos sondavam todo o espaço.

No salão de entrada o piso era clarinho e tão, tão limpo que dava até dó pisar. Adiante ficavam as escadas, tinha também lustres no teto, arranjos de flores azuis e amarelas e... quadros.

Muitos, muitos quadros.

Todos naquele mesmo tom de azul com pinceladas de amarelo.

Eu me senti em outra dimensão.

E quanto mais andávamos, mais eu ia deixando para trás todo e qualquer nervosismo, além do mais, não tínhamos encontrado nenhum repórter ou fotógrafo.

Por uma boa jogada do destino, aquele espaço proibia a entrada da impressa. Ou seja, ninguém iria nos filmar e tal.
O Gael disse que não gostou da ideia, afinal queria oficializar tudo publicamente, porém, ele daria um jeito depois. Talvez soltasse uma nota através de sua assessoria.

Não entendi bem, mas só de saber que eu não ia aparecer na televisão de novo já era ótimo.

— É realmente um lugar lindo. — Falei, tonta de tanta emoção.

— Por aqui, por favor. — O homem adiante apertou alguns botões e as portas de um elevador se abriram para nós. — No próximo andar um colega os estará esperando. Boa festa e feliz natal.

Procura-se Uma NoivaOnde histórias criam vida. Descubra agora