✂ Seis ✂

120 18 296
                                    

Bora de capítulo extra?! hahaha como diz a minha querida amiga Camy: Que comecem os jogos!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Bora de capítulo extra?! hahaha
como diz a minha querida amiga Camy: Que comecem os jogos!

-----------------------------------------------------

Ísis

Eu devo ter algum problema auditivo ainda não identificado, porque não tem nenhuma explicação lógica para eu ter escutado aquilo. Não faz sentido, não orna, não encaixa. Não, não, não! Definitivamente NÃO.

— Ísis, tente me entender, por favor, eu...

— Você endoidou?! — Meu Deus, qual é o problema dele? — Como assim eu sou a noiva? Não, Gael! Isso não tem o menor cabimento!

— É claro que tem! — Ele rebateu enquanto se levantava. Eu tomei distância, porque precisava respirar. — Ísis, se você me escutar...

— Eu já te escutei até demais, meu querido. — COMO ASSIM? — Quem você pensa que é para me propor uma coisa dessas? O que está achando que eu sou? Ah, ou melhor dizendo, você acha que eu sou um nada, não é? Que você pode fazer o que bem entender com a minha vida. Já entendi! Mas sinto muito, aqui o buraco é mais em baixo, e eu não vou ser a sua marionete.

— Jamais falei isso.

— Nem precisa! — Gritei exasperada, sacudindo os braços. — Você quis saber se eu tinha família e até meteu aquele papo de que me ajudaria, mas com certeza foi só para se certificar de que tinha o meu destino em suas mãos, não foi? NÃO FOI?!

— Não precisa gritar. — Resmungou por entre os dentes, pousando as mãos na cintura. — Eu não quis te ofender. Além do mais, é uma proposta honesta....

Ah, honesta!

— ... Em nenhum momento eu lhe faltei com respeito, e nem sequer propus algo indecente. Já deixei claro que não teremos relações ou coisa do tipo. Serão apenas formalidades.

— Pega a sua formalidade e enfia no seu...

— ÍSIS! — Berrou, fazendo com que eu saltasse com o susto. — Será que você pode me ouvir? — Apesar do tom mais ameno, ainda parecia cuspir fogo. — Em primeiro lugar, guarde os seus insultos. E depois, fique sabendo que você teria muito mais benefícios do que eu. Ou por acaso acha tão ruim assim ficar com uma grande fortuna?

Eu não estava irritada pelo dinheiro, na verdade, essa parecia ser uma ótima recompensa. No fundo, a minha ira se devia ao fato de ele achar que eu estava assim, entregue às traças.

Parecia que eu era uma Maria Ninguém, com um grande atestado de insignificância.

Talvez, pra ele, eu fosse a Maria Insignificante.

— Não me importo com essa porcaria de dinheiro. — Menti.

Cruzei os braços com força e sai andando, zanzando pelo quarto sem saber exatamente o que fazer ou o que falar. Eu me sentia ofendida, magoada. Contudo, uma parte de mim ainda entendia o desespero dele, embora não justificasse a razão pela qual cismava em me usar.

Procura-se Uma NoivaOnde histórias criam vida. Descubra agora