STAY | Supercorp/Karlena

| Capítulo Trinta e Um |

Nacional City, 16 de Junho de 2016

Assim que colocou os pés naquele lugar, Lena foi arrebatada por lembranças de sua infância, algumas até felizes, mas a maioria era repleta de tristeza e brigas.

Lembrava-se perfeitamente de quando Lex a levava ali quando eram crianças e queriam fugir da briga dos pais. Ele sempre foi um gênio, isso ela tinha que admitir, não é qualquer um que constrói as coisas que ele fazia.

Ouviu um barulho, um portal se abriu diante de seus olhos e seu irmão passou por ele. A mais nova respirou fundo, tomando coragem de se aproximar, mas ele já sabia que não estava sozinho.

— Olá, irmãzinha. – Ele se virou com um sorriso nos lábios, Lena sempre odiou aquele sorriso! – A que devo a honra de sua visita?

— Eu só vim para garantir que você fique longe da Kara. Já não basta toda a dor que você causou ao mundo, agora quer distruir a minha felicidade?

— Do que está falando, irmãzinha?

— Eu sei que você está perseguindo a Kara por conta dessa sua obsessão pela Supergirl e o Superman, mas ela não tem nada haver com isso, então essa é a última vez que vou te falar isso, Lex: Deixe os meus amigos em paz!

Ele sorriu de um jeito que tirou a morena do sério, odiava o fato de que Lex nunca a levou a sério, estava sempre a ridicularizando em tudo o que fazia.

— Essa foi boa, mas você sabe que eu não vou te ouvir e que vou continuar até destruir aqueles kriptonianos!

— Não se isso significa que vai arrastar a minha família com você!

Ela ergueu a arma que tinha em mãos, não pretendia sair dali sem que Lex desse a sua palavra de que deixaria as pessoas que amava em paz, não quando estava há dias sem sua namorada por culpa dele.

— Lena... – A risada dele ecoou pelo ambiente, causando um arrepio desagradável na mais nova. – Quase me convenceu, de verdade. Mas nós dois sabemos que você não tem coragem de atirar em mim, não quando eu sou a única família que você ainda tem.

— Você não sabe do que está falando! – Rosnou.

— Acha que eles te acolheram? Acha mesmo que aqueles perdedores te entendem e te aceitam?! Abre os olhos, Lena! Você é uma Luthor e não importa o que faça, sempre vai continuar sendo! Eles não confiam em você, a Kara não confia em você. – Ele se aproximou, passando o dedo lentamente por uma mecha do cabelo escuro. – Lá no fundo você sente que nunca se encaixou com eles, que o seu lugar é comandando esse mundo comigo.

— Você está errado! – O empurrou para longe, ainda o mantendo em sua mira, o dedo louco para puxar o gatilho e acabar com aquilo. – Está errado! Só está dizendo isso para tentar mexer comigo, mas não vai funcionar. Você está sozinho, a sua mãe não está aqui para limpar a sua bagunça, e o seu pai... – A risada dele ecoou agora com mais humor.

— Não me surpreende que você não saiba de nada, sempre foi a mais burra e incompetente de nós dois. Ele também é seu pai, sua idiota! O papai tinha que se divertir, e ter um caso com a sua mãe foi uma diversão e tanto, o problema é que essa aventura gerou uma consequência: Você!

— O que? – Suas mãos tremeram por alguns segundos, pouquíssimos, mas o suficiente para que ele notasse.

— Isso mesmo, você é uma Luthor legítima!

— Não me importa! Eu estou feliz pela primeira vez na minha vida e eu não vou deixar que você estrague tudo!

— E como você pretende me impedir de fazer isso, irmãzinha? Puxando esse gatilho?