| Capítulo Vinte e Cinco |

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Nacional City, 12 de Junho de 2016

Kara acordou com os primeiros raios de sol batendo contra seu rosto, sorriu levemente ao se lembrar que dia era e se virou para encontrar sua amada dormindo lindamente, mas tudo o que encontrou foi um espaço vazio. Lena não estava ali.

Se sentou na cama imediatamente, toda a sua preguiça de esvaindo do corpo, e se levantou de imediato, normalmente ela ficaria alguns minutos de preguiça na cama, mas dessa vez ficou preocupada de que algo pudesse ter acontecido com Luthor.

Ao chegar na sala, aquela ideia sumiu de sua mente como fumaça no ar e um sorriso mais que feliz apareceu em seu rosto. Ajeitou o óculos, sentindo as bochechas doerem por tamanha intensidade.

Não podia acreditar no que seus olhos viam, sentia que estava em um sonho e que a qualquer momento o seu alarme lhe acordaria para ir trabalhar.

Haviam flores por todos os lados, de cores diferentes, em arranjos e vasos diferentes, um buquê maior que o outro, nem sabia por onde começar a olhar todas elas.

Pegou o cartão que estava visível em cima da mesa e começou a ler, com as bochechas já avermelhadas de tanto sorrir:

"Como você mesma disse, acho que o nosso primeiro dia dos namorados juntas pede por uma coisa especial, e é por isso que eu tenho um dia incrível planejado para nós duas, começando por encher de flores a repórter mais fofa do universo. Te vejo em um minuto,

Lena"

Seu coração batia tão forte, que quase podia sentí-lo tentar pular para fora do peito. A porta da frente se abriu repentinamente, a morena responsável por seu sorriso incansável entrou por ela.

Estava linda, uma calça jeans de lavagem escura, uma regata branca que deixava seu busto ainda mais evidente e os cabelos caindo como cascatas por seus ombros. Não estava produzida, mas com certeza Kara nunca a viu tão linda na vida.

— Bom dia! – Ela sorriu, tinha algo escondido atrás do corpo.

— Bom dia! Você transformou minha sala em uma floricultura. – Sorriu, ainda não podendo acreditar naquilo. – Você não precisava...

— Ah, eu precisava sim. – Se aproximou vagarosamente, estendendo a caixa oculta que tinha em mãos. – Eu te trouxe um presente.

Kara a pegou com as mãos trêmulas, estava nervosa com o tanto de surpresa que já havia tido em menos de dez minutos. Abriu a caixa, vendo uma delicada correntinha com um pingente de sol na ponta.

Era tão delicado, que a kriptoniana, por um momento, teve medo de tocar e ela se desfazer em suas mãos.

— Lena... É lindo! – Seus olhos se encontraram e Luthor soube tudo o que o coração da loira queria lhe dizer, mas que as palavras por si só não seriam suficientes para explicar. – Eu adorei!

— Quer ajuda para colocar?

— Claro! – Entregou o colar a ela e se virou de costas, afastando os cabelos. Sua pele se arrepiou um pouco ao ter os dedos de Luthor roçando em seu pescoço.

— Prontinho.

Danvers caminhou até o espelho, olhando a correntinha pelo reflexo. Não ironicamente, o sol era o que lhe deixava mais forte na terra, o que lhe dava seus super poderes, aquele presente teve muito mais significado do que Lena imaginava.

— Como ficou?

— Fantástico! Te deixou ainda mais bonita. – Kara corou, não era acostumada a receber elogios, muito menos dela. – Escolhi o sol porque combina com você, é brilhante, aquece o coração das pessoas e ilumina o ambiente em qualquer lugar que chegue. Vê alguma semelhança, sunshine?

Ela ouviu isso mesmo?! Piscou os olhos diversas vezes, não acreditando muito no que seus ouvidos captaram. Lena Luthor acabara de lhe chamar por um apelido carinhoso?!

— Boba... Eu prefiro te dar o seu presente mais tarde, pode ser?

— Eu não preciso de presente, agora vem cá! – A puxou para perto e Danvers cobriu a boca com uma das mãos.

— Nada disso, ainda não escovei os dentes. – E correu para realizar aquela tarefa o mais rápido possível.

Enquanto a repórter o fazia, Lena se ocupou em preparar o café da manhã para elas. É fato que nunca teve que ir paga a cozinha preparar qualquer coisa, sua vida como uma Luthor lhe garantia pessoas que fizessem aquilo por ela, mas sembre adorou aprender culinária.

Sentiu um par de braços rodeando sua cintura por trás e aquele cheirinho tão familiar tomar conta do ambiente. Ela estava gelada, o que dedurou que ela também aproveitou o tempo que tinha para tomar banho.

— Espero que esteja com fome. – Virou a última panqueca no prato.

— Faminta! – O som da campainha preencheu o ambiente. – Eu vou ver quem é. – Beijou a bochecha pálida da mais nova e foi abrir a porta, dando de casa com um entregador. Recebeu as flores e os bombons que ele havia trazido e agradeceu com um sorriso, voltando até a cozinha. – Você não para de me surpreender, como adivinhou os meus bombons favoritos? Poucas pessoas sabem sobre isso. – Sorriu, levando um chocolate a boca, saboreando o presente que havia acabado de ganhar.

— Chocolates? – Ela franziu o cenho, se aproximando para ver melhor do que se tratava. – Mas eu não te mandei chocolates justamente por não saber de qual você gosta mais...

— Como assim? – Piscou os olhos atônita. Se não era uma surpresa dela, então quem teria lhe mandado aquilo? – De quem será então?

Luthor avistou um cartão preso à fita que mantinha a caixa dos bombons fechadas e o pegou, lendo em voz alta para que Kara pudesse ouvir.

"Nosso primeiro dia dos namorados dando um tempo, o primeiro que passo na terra sem você ao meu lado. Espero que esse tempo que estamos dando acabe logo e eu possa voltar a te presentear com seus chocolates favoritos todos os dias! Estou morrendo de saudades, e quero que saiba que vou reconquistá-la aos poucos, começando com as flores e os bombons. Te amo, com todo amor e carinho, de seu eterno namorado:

Mon-El"

Lena terminou de ler o bilhete, o largando sobre a bancada e cruzou os braços. Não gostou daquilo, o fato de que seu ex ainda lhe enviava flores no dia dos namorados, e pior ainda, o fato de ele saber os chocolates favoritos dela, enquanto Luthor não fazia a menor ideia.

— Alguém claramente não superou bem o término. – Murmurou descontente, indo até o quarto e alcançou seu blazer, o vestindo apressadamente.

— Lena, eu não fazia ideia de que ele... – Parou de falar ao ver a morena retornar, já devidamente vestida. – O que está fazendo?

— Eu vou trabalhar!

— M-mas... Mas hoje é domingo, e também é feriado... E eu achei que íamos passar o dia todo juntas. – Murmurou a última parte, tão baixo que Lena sequer ouviu.

— Tenho certeza que o chocolates e esse bilhetinho podem te fazer companhia. – E então ela saiu.

Fazia meses que não recebia notícias do príncipe de Daxam, e ele precisava reaparecer justamente agora? Ainda mais quando tudo estava indo tão bem entre elas.

— Espera... – Murmurou para si mesma, exibindo um sorriso ladino. – Isso quer dizer que... Oh, Rao!

Lena Luthor estava ardendo de ciúmes!

STAY | Supercorp/KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora