STAY | Supercorp/Karlena

| Capítulo Três |

Nacional City, 02 de Fevereiro de 2016

O dia já começou corrido para a super heroína favorita de Nacional City, antes mesmo de o sol nascer por completo, a Supergirl já tinha resolvido quatro assaltos diferentes, capturado um fugitivo de Forte Rozz e resgatado um gatinho preso em uma árvore, tudo isso antes das seis da manhã.

Chegou na CatCo voando, ainda como Supergirl e assim que pousou atrás de uma das pilastras, aproveitou que não tinha ninguém por perto e se trocou rapidamente, colocando os óculos novamente, prendendo o cabelo em um rabo de cavalo.

— Kara, aí está você! – Se assustou um pouco quando a chamaram, mas isso durou pouco só ver que o dono da voz era James Olsen. – Eu estava te procurando, tenho uma coisa para você. Pode me acompanhar um minuto?

— Claro!

Danvers o seguiu até o andar de baixo, indo até a sala onde costumavam trabalhar com Winn em tudo relacionado à Supergirl.

— Eu já tirei muitas fotos da Supergirl, mas acho que essa é a melhor que já fiz na carreira. – Ele sorriu, lhe entrega do uma foto já na moldura e Kara prontamente abriu um sorriso ao ver o quão linda estava aquela foto.

— Eu me lembro desse dia, eu tinha acabado de ajudar essa menininha, estavam implicando com ela por estar vestida como a Supergirl.

— Por estar vestida como você. – Ele também sorriu. – Você deu a essa menina uma das coisas mais importantes que uma pessoa pode ter: esperança.

— Eu espero que ela cresça sabendo que vai poder sempre contar comigo, que eu sempre vou estar lá para ajudar a ela e essa cidade.

— Ela sabe, ela com certeza sabe.

Danvers ainda admirou a foto por mais longos segundos, não sabia exatamente onde James estava para conseguir tirar aquela foto, mas não podia ter adorado mais.

— Obrigada, James. Eu amei, ela está muito linda! Mas... Vou ter que deixar aqui por enquanto, pelo menos até o meu horário terminar.

— Eu sei, eu só queria que visse agora cedo.

Kara captou uma certa voz a longa distância e franziu o cenho, já sabendo muito bem o que viria a seguir.

— Kara! – Chamou ao longe, a uma distância impossível de se ouvir se fosse um humano, mas para a sorte de Kara, ela não era.

— Tenho que ir, a senhorita Grant está me chamando. Obrigada de novo, a foto ficou mesmo espetacular! – Entregou o quadro a ele e só não voou até lá porque isso faria com que seu segredo fosse revelado.

Não precisou nem usar sua super audição para ouvir Cat chamá-la outra vez, tinha quase certeza de que o prédio inteiro ouviu ela gritar.

— Aí está você! – Danvers entrou na sala, olhando ao redor em busca de qualquer coisa de errado que pudesse fazer Cat a chamar, mesmo sabendo que já não era mais sua secretária. – Eu li sua entrevista com a senhorita Luthor... – Kara engoliu em seco.

— É-É mesmo?

— Tenho que dizer que você está se saindo melhor do que eu imaginei, eu pensava que você estragaria tudo antes mesmo da primeira semana, mas você me surpreendeu. Não achei que você seria objetiva o suficiente para o trabalho, digo, você é uma manteiga derretida, Kara... Mas parece que está começando a se solidificar, aos poucos, mas está.

— Ah, que... Legal?

— Apenas aceite o elogio, não é sempre que você ganha um de mim.

— Tem razão. Obrigada, senhorita Grant! Sabe, virar repórter foi como...

— Tá, tá! - A interrompeu. – Agora que você e a senhorita Luthor são amiguinhas, quero que me consiga qualquer coisa sobre o vilão mais procurado de Nacional City.

— O que?

— O irmão dela, Lex Luthor! Eu quero saber como uma mente tão brilhante se tornou uma mente criminosa e tão incompetente ao ponto de ser preso mais de uma vez.

— Claro, eu vou ver o que eu consigo com ela.

— Eu quero tudo, Kara. As pessoas não querem que você "veja o que consegue", as pessoas querem saber da vida do vilão, o que o levou a ficar tão amargurado ao ponto de fazer o que fez e adquirir um visual tão fora de moda como todas as técnicas dele. Elas querem história, Kara. Agora vai! – A dispensou com um aceno de mão e a mais nova prontamente se retirou.

— Supergirl, precisamos de você! – Kara ouviu o chamado vindo ao longe. Espera... É a Alex!

Ignorou qualquer tarefa que Cat tivesse lhe dado, sua irmã é muito mais importante do que qualquer coisa nesse mundo. Substituiu a roupa de Kara Danvers pelo traje de Supergirl e voou o mais rápido até sua irmã.

— Alex, está tudo bem? Eu ouvi você me chamar!

— As notícias não são boas. – O tom de voz dela deixava bem claro que, seja lá o que estivesse acontecendo, realmente não era nada bom.

— O que aconteceu?

— Lex já começou a pôr seu plano em prática. – J'honn explicou ao entrar na sala acompanhado de Winn e Clark.

— Clark? O que faz aqui? Eu nem sabia que estava na cidade.

Não teve tempo de abraços ou sorrisos por estarem se revendo depois de tanto tempo, o clima não estava propenso a isso.

— O Lex roubou toda a kryptonita que sabemos existir na terra, ele construiu uma bomba capaz de explodir a cidade inteira e matar não só a você, mas também a mim.

— Mas você não é daqui, estaria seguro se continuasse em Metrópole.

— Aí é que está, com toda a kryptonita roubada, a bomba do Lex também atingiria Metrópole e varreria tudo o que estivesse em seu caminho. – Explicou o Superman.

Uma bomba com o poder de destruir duas cidades inteiras e os únicos capazes de protegê-las... Isso com certeza era tudo o que Kara não queria ouvir.

— Mas você pode rastrear, não é Winn? Você me disse uma vez que toda a kryptonita tem um tipo de assinatura e que isso é rastreável.

— Sim, toda a kryptonita que nós sabemos existir, mas aparentemente a maioria que ele tem é sintética, então eu não sei como lidar com ela ainda.

Sintética? Já não era ruim o suficiente ter que lidar com a que já existia, agora tem alguém por aí produzindo essa coisa?!

— E onde se consegue kryptonita sintética em Nacional City?

— Só tem um lugar que tem tecnologia avançada o suficiente para isso, o antigo laboratório do Lex.

— Na L-Corp. – Kara concluiu.