XV. Just Like Animals

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O segundo bimestre do ano letivo estava quase acabando e Ethan permanecia na mesma revolta de sempre. Porém, naqueles dias, ele estava ainda mais revoltado. Um filme se passava longamente em sua memória e ele viu que mulheres realmente podem estragar a sua vida, mesmo que elas sejam muito inocentes com cara de anjinhos inofensivos. Ele não diria que se arrependia de tudo o que havia feito para ficar ao lado de Breeze Vaughn, porque ele não se arrependia, mas se sentia um verdadeiro idiota. Sua mente vagava para o primeiro dia em que ele passou a seguir a garota e então a oscilação de realidades o atingiu novamente.

Naquele dia, ele pensou: "O que uma garota com esse tipo de vida vai querer comigo? Um garoto completamente perturbado, cheio de problemas, desleixado e pobre?". Por que ele não escutou a sua maldita consciência quando, de poucas e raras vezes, ela aparecia para orientá-lo a ser menos trouxa? Por que ele simplesmente não largou de mão a garota maldita e continuou a se drogar com a porra da cocaína para esquecer o inferno que era a sua vida? Por quê? Seria muito mais fácil para ele se tivesse se entregado à cocaína, na qual não iria lhe decepcionar com palavras mesquinhas. Mas não. Ele resolveu que era muito melhor colocar sua obsessão por paz em cima da filha do administrador, conhecê-la e ver o quanto ela era extremamente encantadora a ponto de não parar de pensar nela um segundo de seu dia, a ponto de seu corpo implorar pelo dela, a ponto de se imaginar tocando toda a área da pele dela enquanto masturbava seu mastro, a ponto de se apaixonar por ela e se fixar ainda mais quando a beijou pela primeira vez. Mesmo com todo aquele tempo separados, sem direcionar palavras um ao outro, ele ainda podia sentir os beijos da garota espalhados pelos seus lábios, tronco e abaixo da linha de seu umbigo. Todo o lugar que ela tocara com seus lábios parecia queimar, mesmo depois de dias em que eles haviam ficado.
Lembrar-se do dia em que ficou com ela pela primeira vez era muito bom, mas ao mesmo tempo trazia a lembrança de quando, no dia seguinte, ela chegara a ele dizendo que escolheu ficar com o namorado idiota e bobão. Ele viu que a garota havia se soltado tão bem com ele naquele dia, o provocado com palavras que ele nunca imaginaria que ela falaria para ninguém e, dentro do seu consciente, ele tinha a leve certeza que ela nunca pronunciara nada parecido a Khennan. Seu ego subia metros de altura quando ele percebia que era ele que atiçava o lado mulher da menina frágil e retraída que encantava a todos que a rodeavam. Apenas ele conseguiu arrancar o beijo que muitos penaram para conseguir, apenas ele conseguiu ouvir as entonações sexuais que ela falava e apenas ele conseguiu fazer com que ela o desejasse tão ardentemente a ponto de querer transar com ele naquela sala, sem ao menos se importar com quem estava passando no corredor do lado de fora. Os beijos que ela dava em seu peitoral, as sugadas, lambidas e todos aqueles momentos enlouquecedores que viveram ainda pairavam em sua mente. A língua macia dela acariciando a sua dentro e fora da junção de suas bocas, as unhas já grandes da mão pequena arranhando sua nuca e puxando seus cabelos, logo, a língua dela descendo por seu peito e chegando tão perto de seu pênis quase que totalmente duro por contato. Porra. Estava tão bom.

Foi frustrante quando a inspetora chegou naquela hora. Nem mesmo o medo por ser pego ali quase fornicando com a filha do administrador lhe importou naquele momento. Ele odiava ser interrompido em horas como aquela, ainda mais quando ele estava no momento que ele mais esperou durante todo aquele tempo. Ele finalmente estava se pegando com Breeze Vaughn, finalmente tinha encostado suas mãos na pele da barriga dela, finalmente tinha apertados os peitos gostosos dela e massageado as coxas fartas, quase que tocando a vagina dela com seus dedos ansiosos. Mas tudo tinha que ser atrapalhado por uma maldita inspetora.
O que mais o preocupou naquela hora foi ver o olhar assustado de Breeze e logo a confusão nos olhos dela. Era possível ver que a realidade estava caindo nela como uma bomba e logo menos ela iria perceber que se atracou com um garoto que não era o namoradinho idiota. Depois que a menina foi atender a porta, ele decidiu que correu em muito chão para chegar até ali e que ela não iria repeli-lo de qualquer forma. Ora, ela também havia gostado de se pegar com ele naquela sala, tanto que iria fazer um oral nele se nada tivesse sido interrompido. Ah, como ele desejava aquele oral... E foi quando ela deu uma última olhada para ele antes de se retirar, ele se sentiu completo. Havia ficado com a garota dos seus sonhos e estava completamente apaixonado por ela. Não via a hora de encontra-la no dia seguinte para que pudessem voltar àquela saga maravilhosa que era o desejo de um para com o outro, mas qual foi a sua surpresa ao chegar no dia seguinte e a menina não dar a mínima atenção para a sua existência?

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