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Aurora Rodriguez:
12 de fevereiro, las Vegas

Coloco a Gabriela no posta malas amarrada, para ter a certeza que ela não vai escapar, e entro no carro mas desta vez na parte de trás. Saudades disto mas ao mesmo tempo sem saudades dos hematomas e das dores corporais que eu amanhã vou ter.... Nem quero pensar nisso que já sinto as dores começarem.

Descanso o meu corpo no banco e logo vejo os meus amigos adentrarem o carro, Michael no banco do motorista, Theo do lado de Michael e a Sarah do meu lado. O carro começa a andar e as dores voltam a aparecer, pelos vistos a adrenalina já saiu do meu corpo.

-Anda logo com essa merda.- eu falo com dor

-Não dá para andar muito mais rápido.- o Michael fala

-Me deixa conduzir.- eu digo e o vejo olhar para mim

-O que?- o Michael pergunta confuso

-Isso mesmo que ouviste.- eu falo e me levanto
-Anda homem me passa o volante

Passo para a frente e me sento no colo do Theo, olho para o Michael que está surpreso por eu querer que ele me passe logo o controlo do carro.

-Anda meu filho.- eu falo e o vejo levantar e rapidamente passar para o banco de trás
-Muito obrigada.- eu digo e me sento no banco do motorista

Me ajeito no banco e acelero com o carro. Todos no carro estão em silêncio, olho para o lado e vejo o Theo com o seu sorriso... eu já fiz isto com ele para ganhar uma corrida antes, sei que ele se lembrou disso e por isso que está a sorrir. Ele me olha e eu sorrio e acelero o carro ainda mantendo o contanto visual. A adrenalina volta com tudo e as dores que antes estavam presentes em mim, já não estão.

Nenhum dos dois corta o contacto visual e com isso eu só acelero cada vez mais com o carro, ambos somos viciados pela a adrenalina e pelos joguinhos que ambos fazemos e por isso nenhum dos dois quer perder... nenhum quer demonstrar que não aguenta uma simples troca de olhares. A via está movimentada noto pela janela por detrás do Theo, mas mesmo assim eu continuo o contacto visual e cada vez o meu pé pisa mais fundo.

-Vocês os dois são malucos.- oiço a voz do Michael

-Com certeza nós somos.- eu falo sem cortar o contacto visual com o Theo

-O que vocês acham de se pararem de olhar e focarem na estrada?- o Michael fala

-Que foi? Estás com medo de morrer?- o Theo fala e eu sorrio

-Óbvio, não vou morrer em um acidente de carro.- o Michael diz

-Relaxa, estás comigo estás com Deus.- eu digo calmamente

-É sempre assim que as merdas acontecem.- a Sarah fala e oiço a risada do Theo

-Com certeza é.- o Theo fala e desvia o seu olhar

Assim que o Theo desvia o seu olhar eu volto o meu para a estrada vendo um caminhão vir na nossa direção, só dando tempo para eu desviar.

-Eu disse.- a Sarah fala e eu riu

-Puta merda...- o Michael grita
-Vocês não são normais.

-Óbvio que não, nós gostamos do perigo.- eu falo e o Theo logo concorda

-Dois psicopatas.- o Michael fala baixo

-É talvez...- o Theo fala

Depois da nossa quase morte por um caminhão eu dirijo para a agência, ainda em alta velocidade mas desta vez a olhar para a estrada, rapidamente chegamos à agência e levamos as três pessoas que prendemos para os chefes.
Os três ainda estão desacordados e com isso é mais fácil de os levar para cima.

Fogo, Paixão e Destruição Onde histórias criam vida. Descubra agora