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Aurora Rodriguez
18 de junho, Los Angeles

Meia noite chegou e nós acabamos de chegar à casa da minha mãe em Los Angeles. Qual o sentido de ter tantas casas sendo que são relativamente perto uma das outras? De las Vegas para Los Angeles são aproximadamente 4 horas de distância... com isso não fazia muito sentido ter uma outra casa aqui perto mas ao mesmo tempo distante.

Saio do carro, já estacionado, olho em frente e parece ser uma casa mais simples... não parece o gosto da minha mãe. Aproximo me da porta de entrada e como todas as duas casas que nós já visitamos esta também só se abre com a digital. Aproximo o meu dedo e logo a porta é aberta.

Adentro a casa e logo acendo todas as luzes que me são permitidas, dando a visão de uma sala bem espaçosa e obviamente muito bem decorada, mas ao mesmo tempo com algumas coisas embaladas.

-Vamos ser rápidos, para voltarmos o mais rápido possível a las Vegas.- eu falo e todos começam a se separar para procurar

Somente duas casas que nós procuramos e já temos um monte de anéis para averiguar se é o anel mais do que esperado por todos... por mim. Afinal eu fui torturada só por conta daquele maldito anel.

(...)

Desta vez eu mais observei a casa do que procurei, parece que estar tão perto do meu passado com a minha mãe, me traz tantas emoções tristes... eu a perdi cedo demais para uma adolescente e isso abala qualquer pessoa próxima mas principalmente uma filha ou filho. Existia um elo forte entre nós duas, mesmo ela quase nunca estando em casa junto de mim, mas tudo era melhor quando ela estava viva.

E ao estar em uma das suas casas me faz relembrar de tudo o que eu passei com ela... das coisas boas, do meu aniversário que ela sempre vinha e passava o dia inteiro comigo... se eu tivesse escola naquele dia eu faltaria, era tão maravilhoso e inesquecível. Mas ao mesmo tempo também me faz lembrar das coisas más, das suas mentiras que eu descobri e principalmente da sua morte... o seu corpo já frio e sem vida bem no meio da estrada... eu abaixada e abraçada ao seu corpo já sem vida... suas últimas palavras que nunca sairão da minha cabeça.

"Eu te amo Aurora" foram as suas últimas palavras, simples mas com muito impacto em mim... leves mas ao mesmo tempo muito pesadas para serem ouvidas por uma ultima vez.

-AURORA!- oiço a Sarah gritar o meu nome e só assim saio dos meus pensamentos

-OII!- grito de volta

-Com certeza a tua mãe quer te dizer alguma coisa.- a Sarah fala e aparece nas escadas

-O que é isso?- eu pergunto para o que está na sua mão

-É um ímã, é estranho mas estava a dizer que era para ti.- ela fala e me entrega

Observo o pequeno objeto, um ímã com uma foto minha e dela, me lembro do dia em que tiramos aquela foto. Ambas estávamos em uma das praias de Espanha no meio das minhas férias de verão, me lembro do quão bom foi esse dia...

-Um colar, um ursinho e um ímã, mas o que liga isso tudo?- oiço a voz da Elisa logo atrás de mim

-É uma boa pergunta...- eu falo baixo ainda a observar o objeto na minha mão.
-Acharam mais algum anel?- eu pergunto desviando os meus olhos do objeto

-Não, esta casa não tinha nada de pertences...- o Theo é quem fala

-Bom então só falta ver mais 3 casas, vamos voltar para las Vegas e descansar...- eu falo

-Mas e se as outras casas também forem aqui?- o Michael pergunta

-Não são, eu já tive a ver as coordenadas das outras 3 casas e duas delas nem são na América.- eu falo

Fogo, Paixão e Destruição Onde histórias criam vida. Descubra agora