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Aurora Rodriguez
14 de fevereiro, las Vegas

Pós festa sempre é uma merda. E hoje com certeza não é diferente. Além de eu ter enchido a cara, ter mergulhado de cabeça no álcool, eu ainda dancei no meio de toda a boate sem me importar quem veria coisas impróprias. Tudo o que eu tinha na minha cabeça era vingança?

Vingança pelo Theo não ter fudido comigo quando teve chance... por isso eu o fiz provar do seu próprio veneno. E pelo que eu me lembro funcionou... e muito bem.
Me lembro dos seus olhos tão escuros que nem pareciam ser azuis, aqueles olhos me perfuravam enquanto eu dançava... eu podia sentir, mas o pior foi quando eu me recompus e o olhei. Sua pose demostrava nada menos do que raiva por todos os homens daquela boate me desejarem... desejarem algo que era seu.

Mas como eu já disse... eu não sou de ninguém.

Por isso eu fiz e agora com a minha cabeça pesada e com os seus olhos tão escuros recaídos sobre mim, o arrependimento veio. Quer dizer... eu não estou arrependida pelo que eu fiz, afinal nós não temos nada sério. Ele que agiu como um cão a marcar território.

-Bom dia, sabias que isso é meio psicopata?- eu pergunto assim que o vejo parado a me olhar

Ele não responde, seu peito sobe e desce apressadamente, como se ele tivesse acabado de correr, seus braços cruzados, demonstrando que não está nada feliz. E tudo o que eu faço é sorrir, sorrir por ver o quanto eu consigo mudar a sua postura...

-Parece que alguém tá bravinho...- eu gozo com ele e o meu sorriso aumenta

E de novo ele não diz nada... será que ele está a se controlar para não fazer merda?

-Se não vais dizer nada, sai do meu quarto.- eu digo e espero uma resposta mas como das últimas duas vezes eu não obtive nada de sua parte

Então eu me levanto e quando tento passar por ele, ele me agarra no braço com uma leve força.

-Ai...- eu digo e logo o vejo amenizar o aperto em meu braço
-O que queres?- eu pergunto e o olho nos olhos

Seus olhos expressam tudo o que ele sente, e tudo o que eu vejo é raiva, descontentamento e algo que eu não entendo....

-Ai sério, se não vais dizer nada pel...- ele me interrompe

Mas não com palavras ele simplesmente me beija. Fico levemente surpresa pela sua atitude repentina mas logo continuo o beijo. Não é um beijo tão demorado, que faça com que fiquemos com falta de ar, mas é um beijo que eu noto que foi para eu ter noção a quem eu pertenço... ele queria me mostrar isso.
Nossos lábios são separados e os seus olhos já não estão tão escuros como antes.

-Era só para mostrar a quem pertences.- o Theo diz o óbvio
-Ontem parecia não saberes.- ele fala e noto a sua raiva só de se relembrar da noite passada

-Oh sério? Porque?- eu me faço de sinica

-Não estou a brincar amor...- ele fala

-Eu também não.
-Só porque eu dancei no meio de toda a boate?- eu pergunto o óbvio

Nem era preciso responder, notou se logo só pela sua mudança de comportamento corporal.

-Tu sabes muito bem.- ele fala o óbvio e eu sorrio

Me aproximo do seu ouvido e falo.- Foi por todos os homens me olharem e me desejarem?- eu pergunto e dou uma leve mordida em sua orelha e logo em afasto para olha-lo nos olhos

Seus olhos estão fechados, assim que eu me afasto dele, agora tem dois motivos:

1- raiva por estar a lembrar de ontem a noite
2-tesão

Fogo, Paixão e Destruição Onde histórias criam vida. Descubra agora