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Aurora Rodriguez:
25 de junho, Espanha

Acabei por adormecer nas poucas horas que me foram permitidas dentro do avião, já que a nossa próxima paragem seria logo no país ao lado que estávamos, Espanha. O meu país natal. O país que eu nasci e o país em que me foi tirado quase tudo...
Mas mesmo assim eu adoro Espanha... adoro as suas águas, adoro os seus monumentos históricos mas principalmente eu adoro o idioma... é tão gostoso de se ouvir e eu tinha muito orgulho de ter nascido aqui.

E quando dou por mim eu já estou em frente de uma enorme mansão, eu nem me dei conta do Theo sequer me tocar para colocar-me no carro e virmos parar aqui, simplesmente apareci aqui.

-Te acordei?- oiço a voz do Theo bem do meu lado e logo giro a minha cabeça em sua direção

-Não...- eu falo ainda sonolenta
-Já chegamos?- pergunto levemente confusa

-Pelo menos é aqui que o endereço diz que é.- o Theo diz olhando pela janela a enorme mansão

-Então vamos a isto.- eu digo já abrindo a porta do carro

Saio do carro e observo um pouco mais a enorme casa à minha frente. Dá para acreditar que isto tudo é da minha mãe ou até mesmo meu? De qualquer das formas é meu já que ela morreu e eu sou a única filha que ela tinha, pelo menos que eu saiba....

-Amor...- chamo a atenção do Theo que logo para do meu lado

-Sim?- responde em dúvida

-Reparaste que esta casa é diferente das outras que nós já visitamos?-eu lhe pergunto

-É muito maior que todas as outras.- o Theo diz enquanto olha em volta e depois volta a ficar o seu olhar em mim

-Não... não é isso, tem algo de diferente...- eu falo e vejo a sua postura dar uma leve mudada

-Explica me - ele pede

-Eu sinto, sei lá, não dá para explicar... mas se observares bem esta casa é te lembrares das outras todas que passamos esta está tão mais arrumada...- eu digo e observo o seu rosto

-Achas que alguém ainda cuida desta casa?- o theo pergunta de repente

-Eu não sei, mas pode ter alguém na casa...- eu falo e em seguida vejo o Theo ir até ao carro
-O que..?- eu paro de perguntar quando o vejo chegar com duas armas

-Só por segurança.- ele fala e eu concordo

Óbvio que dois agentes secretos seriam paranóicos igual nós... afinal sempre temos de estar preparados para tudo.

Caminho lado a lado do Theo até à porta de entrada da enorme casa, olho em volta e depois para a fechadura e como eu imaginava é igual a todas as outras casas que eu já visitei.
Aproximo o meu dedo e a porta rapidamente se destranca, seguro a enorme maçaneta prateada e abro cuidadosamente a porta. Assim que tenho a visão de um pequeno all de entrada e com isso assim que dou a primeira respirada de ar eu sinto o cheiro de produtos de limpeza.

-Com certeza deve ter gente que cuida da casa.- eu falo para o Theo que logo concorda comigo

Ambos retiramos cuidadosamente as nossas armas de onde estavam escondidas e adentramos mais a casa.
Vagarosamente e com a arma na mão eu caminho pela casa mas não vejo sinal de ninguém, o que é completamente estranho já que existe cheiro de limpeza na casa.

Não me dou ao trabalho de poder observar a enorme casa em que estou apenas procuro pela pessoa que aqui mora. Adentro cada vez mais a casa junto do Theo até que chegamos à cozinha e para a minha surpresa, ou talvez nem tanta, realmente tinha uma pessoa aqui.

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