Fim - Esperando por você, Anpanman

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Eu não sou um super-herói
Não espere muito de mim
Eu posso ser seu herói

Isso faz sentido?
Eu não sei se fez ou não, sério
Quem pode ser, se não eu?

Você pode me chamar, diga Anpan

Esperando por você, Anpanman

Esperando por você, Anpanman

Vou tentar ser um pouco mais forte

Eu serei sua força


O SOL ESTAVA SE pondo; os raios solares ficaram espalhados e o céu se fundia em um tom alaranjado. A praia estava vazia, exceto por um homem, carregando uma prancha que estava em exposição do lado de fora da tenda. O dia havia sido exaustivo, só queria ir para a cama e finalmente dormir. Fechar a loja fazia parte da rotina, e as vendas estavam cada vez mais promissoras.

Recebeu uma mensagem na caixa postal do celular e espiou por um momento. Era uma foto de uma árvore linda e cheia de flores, embaixo estavam Jeon e Jisso, e o sorriso dizia que estavam felizes morando na Inglaterra. Toda semana conversavam um pouco, e apesar de se distrair com coisas como "eai, você está bem? Como tem passado? O que fez hoje?", no final era sobre ele que comentavam. O tempo passava, mas isso continua dia após dia nos pensamentos: impossível de esquecer.

Se sentou na mesa de madeira, e ficou olhando para a televisão. O sucesso da TECVision sendo comentado agora pelo mundo da medicina, o presidente Kim Namjoon estava usando a tecnologia a favor daqueles com problemas motores. Depois de meses aparecendo pela primeira vez na cadeira de rodas, agora estava completamente de pé e com o auxílio de uma das suas novas criações.

Não deixou de sorrir quando Taehyung apareceu ao lado do pai, dando um abraço vitorioso após vinte passos de sucesso que o presidente havia conseguido executar com maestria. Sentia saudades do mais novo, e depois de três visitas exatas que recebeu, incluindo a última, onde novamente Taehyung confessava seu amor, Jimin entendeu que se continuasse sendo seu amigo, não o permitiria se apaixonar por outra pessoa: e ele merecia isso. Sentir o amor genuíno, verdadeiro e recíproco, assim como teve a sorte de sentir um dia. Seria um empecilho, e não queria isso. Não, porque também o amava.

Depois que a família Jeon decidiu ir juntos embora do país, exceto a vovó Nabi, ofereceram para Jimin o ponto de vendas daquelas pranchas velhas e abandonadas. Aceitou sem pensar muito, e apesar do medo, tudo estava dando certo. Não morava mais naquele subúrbio, e conseguiu uma casa boa perto da praia.

Ah... A praia que tanto jurou detestar era a verdadeira razão de estar ali agora!

Desligou a TV e pegou a chave do carro, saindo para fechar a loja. O letreiro agora não estava mais torto, e o local estava limpo e convidativo. Tentou não pensar, mas que a verdade fosse dita, tudo que havia feito nos últimos meses era isso. Quando acordava, quando pintava as pranchas e antes dormir. Seus pais o aconselhou a sair da loja, que tudo o prenderia em um tempo e espaço que não voltariam mais.

Mas era isso que queria, ficar com alguma coisa que o deixasse mais perto da existência de Jungkook. Assim poderia senti-lo e acreditar que de alguma forma, o amor estava vivo.

Foi pensando nisso que se foi em direção ao mar para se despedir e ver, como sempre e mais uma vez, o por do sol. Era inegavel o quanto sua visão era unica. Tingindo o horizonte, não havia nada mais belo que isso.

Era possível agradecer por ter um dia como aquele, onde as coisas haviam ido tão bem. Acordou cedo, alimentou seus gatos, também conseguiu se alimentar direito e ainda se saiu bem nas vendas. Era vitorioso vencer sua própria tristeza, e não porque odiava ser triste, e sim porque gostava de apreciar a vida e as pequenas coisas. Não admitiria ser ingrato. O mundo havia o presenteado, e era assim que precisava enxergar as coisas.

ANPANMAN - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora