Pecadores de Paudalho II

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[X-Murilo-X]

A milícia me capturou e eu não tive opção exceto me render. Droga, como que eu deixei isso acontecer? Eles tinham drones me espionando ao longe e eu não percebi? Só pode ter sido isso. Todo cuidado é pouco nesta cidade desgraçada.

Fui levado para o Quartel Nova Guarda e agora estou dentro de sua prisão, flutuando dentro de uma cela fechada por uma porta de vidro blindado, o que me permite ver a cela que está à frente da minha. Lá, encontra-se uma androide feminazi que jaz sentada ao fundo da cela, com as mãos presas na parede por algemas holográficas; as mãos esticadas para os lados a deixando em uma posição de T. Ela tem pele morena e cabeça careca. Sua vestimenta é um uniforme negro todo imundo e rasgado na região da barriga, o que deixa a sua barriga inteira à mostra. No seu braço direito está enrolado uma faixa vermelha com o símbolo negro de uma cruz invertida com um círculo no topo, e dentro desse círculo está uma suástica nazista. Esse é o símbolo do feminazismo.

Ela grita e se contorce feito uma louca desvairada.

O sexo feminino é superior e vocês vão tudo se foder na minha mão, seus porras — solta uma longa gargalhada frenética. — Vou arrancar a rola de vocês pra fazer um colar e depois esfregar no meu cu! Bando de macho escroto do caralho! Adriana Hetler ensinou a gente a ser empoderada e a subjugar os homens à nossa vontade! É por isso que eu grito "HEIL HETLER" o tempo todo! Vocês todos vão ficar de joelhos pra mim, seus bando de filho da puta de BOSTAAAAAAAAAAA!

Porra, cala a boca — um miliciano aparece dá uma coronhada na porta. — Rapariga chata do caralho! Vai se foder, sua puta!

Vocês ainda não entenderam que o meu sexo é superior ao de vocês?! A gente tem boceta é pra foder, não pra ser fodida neste carai de mundo machista da porra! Tu vai ser meu, filho da puta comedor de bosta! TU VAI SER MEU PRA FODER ATÉ O MEU CU VIRAR DO AVESSO! NINGUÉM CONSEGUIU FAZER ISSO E ESSE ALGUÉM VAI TER QUE SER TU, FÍ DE RAPARIGA! E AÍ VOCÊ VAI FICAR DE JOELHOS PRA MIIIIIIIIIM!

— Puta merda, é por isso que ninguém gosta de fazer a ronda dentro da prisão! Que trabalho de merda, cara! PORRA!

VAI SE FODER, SEU BOSTINHA MACHISTA DO CARALHO! VAI SE FODEEEEEEER!

— Ah, então é assim, é?! — o miliciano golpeia um botão ao lado da porta e a mesma se abre, deslizando automaticamente para os lados. Ele rapidamente se aproxima da feminazi e aponta o fuzil. — Morre, desgraçada PROW! A feminazi ganha um buracão na testa, ficando cabisbaixa e morta. O miliciano sai da cela e some rapidamente, de modo que só fico ouvindo os seus passos ecoando e ficando distantes.

Eu apenas fico observando, sem me mover muito. Na verdade, eu nem estava me importando. Ainda assim, é bom saber que não vou ter uma feminista doida berrando o tempo todo. No que depender de mim, essas feminazis podem se foder no sentido mais literal possível. Sei que, antes da guerra, elas eram uma coisa chamada movimento social que foi se corrompendo com o passar do tempo, especialmente durante a Guerra Mundial dos Sexos, onde elas adotaram a suástica nazista como símbolo e passaram a literalmente se chamar Feminazi. Até hoje, elas pregam a supremacia feminina, alegando que o sexo feminino é superior ao masculino e que todos os homens devem ser escravizados pelas mulheres. Pura idiotice, isso sim.

De repente, ouço múltiplos passos se aproximando. Eu recuo um pouco para o fundo da cela, quase me encolhendo. O androide de rosto tatuado, o chamado Vasco, aproxima-se da porta da minha cela, e lá fica me observando enquanto dois androides milicianos se posicionam atrás dele, ficando de guarda, portando fuzis MP7.

Eu os miro com um olhar assustado.

— Errr... Oi...? — aceno timidamente.

— Eu me lembro de você — o androide Vasco fala. — Estava acompanhando a caravana de Dom Chibata juntamente com Lilian Setenta e Quatro.

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