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Pov: s/n "Eu tinha saído com algumas amigas pra um almoço, era aniversário de uma delas e obviamente eu não iria deixar de ir.
Eu falei pra Alba mas ela pareceu que não gostou muito, eu até pensei que iríamos brigar mas ela apenas ficou quieta.
Ela tem certeza que a Marcela, uma amiga, tá afim de mim, coisa que eu dizia que era paranóia até eu começar a observar o comportamento dela, tá decidido, eu vou começar a confiar nas paranóias da minha esposa.
Todo o almoço foi nostálgico, ficamos nos lembrando da época escolar, dos finais de semana juntas, a história da nossa vida e amizade que continua até hoje.
O tempo todo eu fiquei desconfortável com a Marcela sempre fazendo comentários de duplo sentido que eu entendia, mas não disse nada, não quero acabar com o clima.
O almoço acabou elas ainda ficaram batendo papo lá dentro, eu dei uma desculpa pra sair de perto da Marcela, se Alba me ver falando com ela não sei quem vai estar mais encrencada.
Estava tentando encontrar um Uber, não quis vir dirigindo e não pedi pra minha esposa me trazer, seria melhor assim.
- ainda está aqui. Ouvi a voz de Marcela - ah, oi, eu estou esperando um Uber. - eu estou de carro, posso te levar pra sua casa, ou podemos ir pra minha. - tem como você me respeitar? Não tá vendo a aliança em meu dedo? - ah, por favor, quando você ficou comigo você estava com ela. - correção, eu estava apenas conversando com ela, se estivesse com ela mesmo não ficaria com você, não gosto de traição. - dúvido que ela faz metade do que eu já fiz com você. - você se surpreenderia se eu dissesse o que ela faz comigo, não é atoa que eu me casei com ela. - eu posso fazer muito mais. - por que toda essa cisma com ela? Isso tudo é ego ferido? Por eu não ter caído de paixão por você como as outras garotas? - claro que não, você está se achando muito, eu duvido que você não sentiu nada. - senti, foi uma noite boa de prazer porém rápida demais, minha esposa é mais resistente e... Pera, você achou que teríamos algo sério depois daquela noite?- ela ficou em silêncio- você achou, bom, eu sinto muito. - sabe que estaria bem melhor comigo. - ah, eu duvido disso. Ouvir a voz da minha esposa atrás de mim me congelou. Olhei pra trás e a vi chegando mais perto. - oi meu amor, imagino que você já conhece a- Fui cortada pelos seus lábios me puxando pela cintura, eu adoro quando ela gosta de mostrar pra todo mundo a quem eu pertenço. Ela se separou de mim, a Marcela já tinha ido embora. - agora você acredita em mim? - quanto disso você ouviu? - tudo. - você me seguiu de novo Alba? - claro, nunca que eu iria deixar alguém importunar a minha garota. - eu não acredito que gosto desse seu lado possessivo e obsessivo. Ela me deu um sorriso. - vem, temos muito que conversar em casa. Ela disse me puxando em direção ao carro. - em pleno 12:14? - se questionar vai ser pior. - desculpa.
