35 - Cuidado e Amor

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  Xiao Zhan saiu de Yibo tão cuidadosamente quanto pôde, mas ainda o ouviu grunhir com o movimento. Ele o acalmou, beijando as costas e fazendo carícias suaves em sua costela, antes de deixá-lo cochilando na cama enquanto buscava toalhas úmidas para poder limpá-lo. Eles estavam uma bagunça, assim como os lençóis sobre a cama.

  Molhando as toalhas com água morna, levou-as de volta ao quarto e iniciou o processo cuidadoso de limpar a pele de Yibo, começando pela camada de suor que brilhava em seu rosto, pescoço e peito; em seguida, limpando a sujeira em seu estômago e entre as coxas que estavam pegajosas com todos os fluidos que vazaram. Vez ou outra, ele deixava uma carícia suave ou beijo gentil onde acabara de limpar e sobre as marcas que seus dedos deixaram, recebendo em resposta suspiros muito contentes de Yibo, embora ele estivesse com os olhos fechados.

  Xiao Zhan manuseou o corpo dele cuidadosamente, virando-o para que pudesse limpar as costas suadas devido ao quão grudados estavam antes. Com a mesma diligência, livrou-o do suor e também da sujeira na parte de trás das coxas com facilidade. No entanto, Yibo estremeceu quando finalmente começou a limpar suas nádegas, reclamando quando o pano deslizou sobre sua borda vermelha e sensível, contorcendo-se devido ao atrito indesejado. Ele fez isso tão rápido quanto pôde, mesmo sabendo que o ideal seria que Yibo tomasse um banho; isso o deixaria muito mais confortável do que uma simples limpeza superficial. Mas ele já estava meio adormecido, certamente não teria energia para andar, e Xiao Zhan ainda não se sentia seguro o suficiente para levá-lo no colo até o banheiro.

  Descartando as toalhas e pescando um novo lençol no armário, ergueu o corpo de Yibo de encontro ao seu. Ele estava tão mole e flexível agora, de tal forma que foi fácil tirá-lo da bagunça e segurá-lo para poder arrancar o lençol sujo da cama, colocando o outro tão bem quanto podia com o peso reconfortante dele montado em suas pernas.

  Quando finalmente conseguiu arrumar o suficiente para deitá-lo outra vez, os braços de Yibo estavam entrelaçados frouxamente ao seu redor, as pernas enroladas em sua cintura, como se ele estivesse tão confortável contra seu corpo que estava contente de apenas poder dormir ali. Xiao Zhan o abraçou de volta, passando os dedos suavemente pelas costas de Yibo em movimentos vagarosos, sentindo-o respirar fundo quando se aninhou em seu pescoço, como se estivesse exatamente onde gostaria de estar.

  Não saberia dizer quanto tempo passou assim, apenas segurando-o perto, ouvindo sua respiração constante, sentindo a ondulação do peito dele contra o seu próprio. Xiao Zhan sentiu-se tomado pela necessidade de permanecer lá, acolhendo Yibo em seus braços e apenas o deixando senti-lo. De alguma forma, parecia que isso era tudo o que Yibo queria.

  Quando seu corpo finalmente começou a ceder ao sono, ele verificou as horas, vendo que já passava e muito da 1:00 da manhã. Yibo parecia estar dormindo profundamente agora, ressonando baixinho de vez em quando, certamente tendo sido finalmente nocauteado pelo cansaço de todo o dia anterior e o que veio depois. Xiao Zhan rastejou pela cama levando-o consigo, sentindo que seu namorado era semelhante a um bebê neste momento, e esse pensamento o fez sorrir com um carinho inexplicável. Ele os acomodou no colchão, puxando o edredom para cobrir seus corpos nus, organizando suas posições para que ficassem mais confortáveis, mas Yibo apenas se aconchegou ainda mais perto.

  Xiao Zhan acariciou seu rosto relaxado, levando os fios de cabelo dispersos para trás da orelha, memorizando cada traço daquelas feições que agora ele conhecia tão bem quanto a palma da própria mão. Yibo era tão bonito, de tal forma que era quase impossível para ele desviar os olhos, mesmo agora, quando sentia suas pálpebras reclamarem sob o peso do sono. Ele parecia tão pacífico ali, enterrado em seus braços, e isso era tudo de que precisava para se lembrar do quanto esse homem o amava.

  — Eu te amo. — Sussurrou no silêncio do quarto, beijando levemente a ponta do nariz de Yibo, vendo-a se contorcer levemente.

  Ele então apagou a luz do abajur, rodeando os braços firmemente ao redor do corpo que descansava contra o seu, deixando que o sono finalmente o levasse ao mundo dos sonhos.

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