06 - Aquele com o macarrão.

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🎨 | Boa leitura!

— Nunca imaginei que você pudesse fazer algo assim! — minha irmã diz no meio da sua risada depois de eu lhe contar como manipulei o Christopher para que ele limpasse a sujeira de tinta que eu fiz no apartamento

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— Nunca imaginei que você pudesse fazer algo assim! — minha irmã diz no meio da sua risada depois de eu lhe contar como manipulei o Christopher para que ele limpasse a sujeira de tinta que eu fiz no apartamento.

— E eu não faria com ninguém, mas ele me fez comer terra! — justifico. — Ele mereceu a pequena humilhação. Notei que ele odeia sujeira assim que começou a perguntar demais sobre as pegadas de tinta. — volto a atenção para um dos vasos de cerâmica onde estou plantando mais uma semente.

— Será que ele tem TOC?

— Não, eu acho que é só um traço tóxico da personalidade dele.

— E onde ele está agora?

— Saiu com roupas de academia, então deve ter ido se exercitar.

— Ainda não acredito que está morando com um desconhecido. — ela começa a rir de novo. — Tinha que ter visto a cara da vovó quando me contou, foi a mesma expressão que ela fez quando a mamãe disse que iria subir o monte Everest.

Sorrio com a lembrança e dedilho a borda do vaso de cerâmica antes de colocá-lo no chão e escolher outro para preencher com terra e sementes. Maite está sentada no chão da varanda ao meu lado e está ajudando com a parte de separar as sementes e regar os vasos depois que eu arrumo tudo dentro deles.

— Ele sabe que vai ter um bosque na varanda dele em poucas semanas? — pergunta.

— Talvez essa seja mais uma coisa que o incentive a ir embora, então eu vou deixar que ele fique surpreso. — a encaro. — E a varanda é minha, assim como todo o resto do apartamento.

— Legalmente é dos dois. — me passa o próximo vaso junto com as sementes. — Pensando bem, é quase como um casamento.

— Diga isso de novo e eu juro que vomito bem aqui. — falo remexendo na terra para acomodar as sementes.

— Ele é bonito? — aquele tom de voz de quem está compartilhando um segredo aparece nela.

— Como o diabo. — resmungo.

Minha irmã ri e me dá um empurrãozinho com o ombro.

— Se você quiser, faço ele ir embora em dois dias. Consigo partir um coração bem rápido.

— Eu sei, senhorita "Picasso cuspiria na sua cara". — imito uma de suas falas para uma das suas últimas críticas.

Maite estudou arte na faculdade e hoje trabalha numa galeria incrível, onde analisa obras e atribui valores a elas. Ela também agencia algumas pessoas, incluindo eu. Mas ela só cuida das carreiras de artistas que realmente julga como bons. Geralmente, é ela quem é procurada pelos novos nomes e nunca mede palavras quando precisa dar uma opinião sobre o trabalho de alguém. Ela diz que isso forma caráter e faz as pessoas se esforçarem mais.

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