34 - Aquele com a coceira.

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🎨 | Boa leitura!

— Sério, ela é completamente maluca! — Poncho está falando sobre a noite em que resolveu assistir uma partida de beisebol em um bar com a Anahi

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— Sério, ela é completamente maluca! — Poncho está falando sobre a noite em que resolveu assistir uma partida de beisebol em um bar com a Anahi. — A garota gritou com todos os homens que estavam torcendo contra a equipe dela. Se ela fosse um cara, teria levado um soco.

— Se ela fosse um cara, ela teria dado um soco em alguém. — o corrijo.

— Parem de falar de socos em um momento sagrado como esse. — dona Beth repreende do seu lugar na cabeceira da mesa. — Vamos falar de algo mais saudável. Dulce, como vão os planos para Nova York?

— Eu posso responder isso. — Maite diz ainda de boca cheia e recebe um tapa da avó de advertência pela má educação. — Ai, meu Deus, calma! — franze a testa.

— Engole a comida primeiro! — Beth repreende.

Não consigo me manter sério diante da cena. Ela parece uma matriarca de pulso firme e coração gigante. Não é à toa que Dulce a idolatre tanto, a mulher exala força só com o tom de voz.

— A ursinha vai ser uma estrela do rock, só que da arte. É isso que vai acontecer em Nova York. — Christian diz cheio de orgulho pela irmã.

— Vocês são incríveis, mas não vamos pensar grande demais ainda, ok? — Dulce sorri sem jeito. — Por enquanto, é só uma exposição de um quadro.

— Que pode abrir diversas portas. — Poncho complementa. — Sonhe alto.

— E se eu cair? — ela brinca.

— Vamos estar lá embaixo pra segurar você. — Maite diz sorrindo para ela e Dulce estende sua mão até a dela, apertando carinhosamente.

Sinto um nó na garganta diante disso e tomo alguns goles do suco de laranja ao meu lado para fazer isso descer. Nunca soube o que era uma família que fosse construída com amor. Eles não exigem muito uns dos outros, se apoiam e não brigam quando alguém acaba não se dando bem em algum projeto. Eles se acolhem o tempo todo.

Sei que para a maioria das pessoas isso é completamente normal, afinal, para a sociedade, é exatamente para isso que uma família serve. Mas para alguém como eu, é tão estranho que eu me sinto injustiçado pela vida. Eu era só um garotinho, por que eu não merecia ter isso?

Sinto uma mão tocar a minha e só então percebo que me tranquei nos meus pensamentos e acabei desassociando um pouco. Olho para a garota ao meu lado e aquele nó me deixa em paz no mesmo instante. Consigo respirar tranquilamente enquanto observo esses olhos castanhos me encarando com atenção e curiosidade.

— Tudo bem? — ela pergunta com seu tom de voz gentil de sempre. Os outros estão envolvidos em outro assunto e não prestam atenção em nós.

— Sim. — tento sorrir. — Só estou pensando que a sua família é muito legal.

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