39 - Aquele com a intervenção.

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🎨 | Boa leitura!

Eu sei que se eu dissesse que também o amo provavelmente Christopher teria uma crise de pânico e o momento não seria sobre nossos sentimentos, mas toda a questão de problemas de relacionamento que ele teve durante a sua vida

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Eu sei que se eu dissesse que também o amo provavelmente Christopher teria uma crise de pânico e o momento não seria sobre nossos sentimentos, mas toda a questão de problemas de relacionamento que ele teve durante a sua vida. Primeiro os seus pais, que ao invés de servirem como uma base, deixaram o filho às cegas para aprender a lidar com as outras pessoas. Aí veio a Norah, a primeira mulher que ele amou e que acabou com tudo o que ele sonhava sobre os dois. Acho que o único relacionamento dele que deu certo foi com a Anahi.

Christopher não tem outros amigos, disse que abdicou dos outros porque eram amigos da Norah antes de serem amigos dele. Suas únicas relações atuais se resumem a mim, minha família e sua melhor amiga. Não quero que ele tenha medo de gostar de nenhum de nós, então não vou criar nenhuma pressão para que alguém admita o que está acontecendo. Além disso, eu também tenho as minhas próprias inseguranças comuns de mulher.

Definitivamente eu amo o amor, mas sei o quanto ele pode ser destrutivo quando mal administrado. Nunca tive meu coração cruelmente partido, mas eu leio livros, eu sei como isso pode ser. E eu sei como é perder uma pessoa que você ama muito, aconteceu quando perdi a minha mãe. Assim como o Christopher tem repugnância por abandono devido às suas relações fadadas ao fracasso, eu repugno a ideia de ter que dizer adeus para sempre uma segunda vez. Não quero sentir que estão tirando um pedaço de mim nunca mais.

Mas ele faria isso? Christopher pegaria o que precisa e depois me deixaria com os restos disso? Acho que confio mais nele do que ele confia em mim, porque quando olho para ele, tudo o que eu sinto é que estou em casa. E tudo bem, as pessoas têm jeitos diferentes de lidar com as situações.

Saio dos meus pensamentos quando Alexandra aparece na tela do meu notebook depois de atender à minha chamada de vídeo. Ela pediu que eu ligasse para ela assim que possível porque temos uma data para a exposição do meu quadro e ela quer acertar todos os detalhes da minha ida temporária à Nova York.

— Olá, minha Van Gogh, como vai? — ela sorri ao mesmo tempo em que me cumprimenta.

Desde que começamos a falar sobre negócios, Alexandra tem sido um doce comigo. Nada de comentários sobre a minha aparência ou discordâncias desnecessárias. Ela só tem sido especialmente agradável. O dinheiro que ela vai ganhar comigo deve ser um grande incentivo disso.

— Estou bem. — respondo. — Temos uma data?

— Sim! Temos duas semanas para organizar tudo. Você não será a única expondo algo nesse dia, como sabemos, é um evento para apresentarmos novos artistas. Vão ter várias obras diferentes, mas estou confiante de que o seu quadro se destaque. E você precisa estar afiada nas palavras, tente aprofundar mais a explicação, coloque algo mais pessoal. Diga que pintou o quadro porque estava tão apaixonada pelo seu namorado que notou todas as partes da alma dele.

— O drama da arte. — dou risada. — Vou preparar um roteiro.

— Faça isso.

— Pode me indicar um hotel? Andei pesquisando, mas seria bom uma opinião local.

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