33 - Aquele com o adeus ao Cheddar.

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🎨 | Boa leitura!

Ele me deixa tão confusa que tenho vontade de bater nele

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Ele me deixa tão confusa que tenho vontade de bater nele. Primeiro eu achei que ele estava com ciúmes, mas fiquei tão furiosa pelas coisas que ele deduziu de mim que deixei esse pensamento de lado e saí de perto dele como desejava fazer. Christopher é tão desagradável e grosseiro que me faz odiar a mim mesma por gostar minimamente dele.

Na manhã seguinte, eu acordei mais cedo para poder deixar o Cheddar livre em um lugar seguro. Era para eu fazer isso com o Christopher, mas não quero chamá-lo e também não acho que ele se importa tanto quanto eu. Se eu começar a chorar quando me despedir do Cheddar, não quero uma pessoa anti climática no meu ouvido zombando das minhas lágrimas.

Vou até a varanda e induzo o Cheddar a entrar na pequena gaiola que comprei para transportá-lo. Ele estava aconchegado perto de uma das minhas plantas. Olho para o horizonte além da varanda como se precisasse dar alguns minutos para o passarinho se despedir.

— Sempre achei que você fugiria em algum momento. — solto um suspiro. — Comida de graça e sombra fresca valem mais, não? — dou risada.

Quando me viro para sair, dou de cara com o Christopher na entrada da varanda. Nós nos encaramos em silêncio por um instante que começa a ficar tenso demais. Ele quebra o contato visual quando ergue as chaves do seu carro para que eu veja.

— Vamos. — afirma sem aguardar resposta, caminhando em direção à saída.

— Você não precisa ir. — digo indo atrás dele.

— Combinamos de fazer isso juntos. — ele abre a porta da frente.

— E eu estou dizendo que você não precisa ir mais. — repito me mantendo com os pés firmes no lugar onde eu estou.

Ele se vira para mim e me observa de forma analítica.

— Você não quer que eu vá? — pergunta cauteloso, como se a minha resposta pudesse de certa forma determinar o seu próximo humor.

— Não quero que você ache que é obrigado a ir.

— Eu não acho. Estou indo porque eu quero.

— Sendo assim, ok. — dou de ombros e tento sair do apartamento, mas ele impede a minha passagem.

— Não quer que eu vá? — repete a pergunta.

— Só se você realmente se importa com isso.

— Olha, eu não acho legal chamar o Cheddar de isso, ele pode ficar magoado. — há um toque de bom humor na sua voz.

Aperto meus lábios, mas ainda assim é possível notar que estou tentando não sorrir. Ele também sorri enquanto olha para mim, mas é tão fraco e rápido que por um momento acho que foi uma ilusão de ótica.

— Desculpa por ontem. — diz me pegando desprevenida, tanto que nem consigo dizer nada, só fico olhando para ele com cara de surpresa. — Não me olha assim, você já devia ter aprendido que eu não deixo as coisas pra lá. Se tem algo incomodando, eu falo sobre isso. Eu errei ontem quando deduzi que você agiria daquela forma, você não é assim, óbvio que não é.

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