26 - Aquele em que ele lê sobre ciência.

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🎨 | Boa leitura!

Tem alguma coisa tocando o meu rosto

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Tem alguma coisa tocando o meu rosto. Ainda estou meio atordoada quando começo a abrir os olhos e a primeira coisa que noto é um vulto enorme muito perto do meu rosto. Em pânico, lanço as costas da minha mão no rosto do vulto, batendo com um estalo alto.

— Cacete! — Christopher xinga assustado depois de dar um passo desequilibrado para trás e colocar a mão no local onde eu lhe dei um tapa.

— Desculpa! — peço sentando na cama e tirando o meu cabelo da frente do meu rosto. — Você me assustou! — ofego. — O que pensa que estava fazendo?

— Te acordando. São onze da manhã. — ele esfrega o rosto uma última vez. — Você tem um tapa bem pesado pra uma pintora.

— Aprendi com a minha avó. — afasto as cobertas e saio da cama. — Por que está me acordando?

— Minha mãe quer almoçar no shopping com você. Ela disse que quer "estreitar laços" com a nora. — faz aspas com os dedos.

— Ah, isso é gentil.

— Não. Isso é ardiloso. Eu tenho certeza que ela só quer te infernizar. Você não precisa ir se não quiser, eu digo que você não está se sentindo bem.

— Eu não posso ficar fugindo da sua mãe, meu futuro pode estar nas mãos dela.

— Essa foi a coisa mais triste que eu já ouvi.

Passo por ele e vou até o closet para escolher uma roupa antes do banho. Christopher me segue e para perto da porta.

— Como foi na galeria? — pergunto enquanto procuro nas minhas coisas.

— Ela falou bem pouco, mas quando abriu a boca, foi pra criticar, o que não surpreende ninguém. Ela viu os seus quadros que estão expostos e acha que você deveria colocar em exposição os seus quadros mais pessoais, porque eles têm mais verdade.

— Vou tratar isso como um elogio.

— Vindo dela, realmente é.

Só depois de estar acordada há alguns minutos é que eu começo a notar um cheiro estranho no ambiente. Fungo mais forte, levantando a cabeça para tentar descobrir de onde vem o cheiro. Sigo o rastro e acabo indo de encontro ao peito do Christopher. Ele fica parado igual uma estátua enquanto eu cheiro a sua camiseta.

— Virou um cachorro policial? — pergunta em seu tom irritadinho.

Afasto o meu rosto e franzo o nariz depois de identificar o que é esse cheiro.

— Você fuma?

— Não... — desvia o olhar.

— Então deixou alguém te usar como cinzeiro? — ironizo.

— Eu não fumo. — suspira. — Só quando alguma coisa me estressa demais.

— Sua mãe? — dou risada.

Room HatersOnde histórias criam vida. Descubra agora