48 - Aquele na Times Square.

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🎨 | Boa leitura!

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— Um passo. É só dar um passo. — Anahi diz ao meu lado.

Estamos na saída do aeroporto em frente às portas automáticas. Chegamos uns vinte minutos atrás e eu estanquei aqui olhando para o vidro.

— Cara, você realmente tem um problema. — Christian diz. — Vamos logo, temos que fazer o check-in no hotel!

— Não tenho paciência pra isso. — Maite fala antes de me empurrar.

Cambaleio para frente, as portas automáticas se abrem e eu piso fora do aeroporto. Olho para o céu sem nuvens acima de nós, o barulho da cidade mais claro sem as portas de vidro para abafar o som. Poncho, Christian, Anahi e Maite se alinham ao meu lado e também olham para cima.

— Como se sente? — Poncho pergunta.

— Normal. — respiro fundo. — A cidade ainda fede do jeitinho que eu lembrava. — sorrio de canto. — Acho que na minha imaginação as coisas eram bem piores.

— Tipo Gotham City? — Christian brinca.

— Pior. — dou risada e solto um suspiro. — Nossa, como eu sou idiota.

— Você só precisava de um incentivo. — Anahi dá um tapinha em meu ombro. — Vamos pedir um táxi?

— Não estamos em dois mil e quinze, peça um Uber. — Maite fala antes de colocar seus óculos escuros e começar a andar se afastando do aeroporto.

Christian e eu vamos em um Uber, enquanto os outros dividem outra corrida. O plano é que Anahi apareça de surpresa na casa da Dulce com a desculpa de que veio visitar a família e aproveitou para vê-la. Com a arte das palavras, Anahi vai convencer Dulce de visitar a Times Square no dia seguinte, a levando para o ponto do meu gesto grandioso – ou da minha humilhação pública se levarmos em conta a ideia que eu tive.

Maite disse que eu deveria fazer algo público e meloso e que os caras deveriam me ajudar em apoio moral. Ela sugeriu a Times Square como palco, simplesmente o lugar mais lotado de pedestres de Nova York. Pelo menos eu não serei a única pessoa fazendo uma apresentação mirabolante, há vários artistas de rua espalhados por lá. A questão é que eu não sou um artista de rua, sou totalmente travado e detesto me comportar de forma espalhafatosa na frente de estranhos. Ainda assim, eu escolhi algo que acho que realmente surpreenderia não só a Dulce, mas faria o meu eu do passado desejar me bater.

— Beleza! — Maite joga três sacolas plásticas sobre a minha cama depois que fazemos o check-in e subimos. — Três roupas de líder de torcida para três homens grandes.

— Eu quero me matar. — Poncho resmunga.

— Você vai ficar muito fofo. — Anahi aperta a bochecha dele. — As perucas estão na minha mala. Lembre-se, Christopher, Taylor Swift é a loira.

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