10 - Aquele com a melhor amiga.

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🎨 | Boa leitura!

Christopher mal falou comigo no dia seguinte

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Christopher mal falou comigo no dia seguinte. Ele claramente está bravo, mas não está mais distante do que gostaria. Ele bebeu o chá que eu fiz, percebi quando vi o bule vazio na pia de manhã. Não perguntei se funcionou, mas ele já estava trabalhando normalmente quando eu acordei, então deduzi que sim.

Não me importei por ele não ter cozinhado para mim, eu até prefiro não comer nada que ele me ofereça, vai saber o tipo de troco que quer me dar. E eu fiquei o dia todo esperando uma revanche, temendo e observando cada um dos seus movimentos. Mas ele não fez nada. Na verdade, mal parecia me notar.

Saio à noite para ir jantar na casa da minha avó. Vamos fazer uma noite de jogos, uma tradição dos Saviñon. Começamos pelo banco imobiliário, jogando enquanto conversamos.

— Como está o menino? — minha avó pergunta se referindo ao Christopher.

Quando liguei para ela pedindo ajuda para fazer um remédio caseiro, tive que contar o que eu fiz. E depois de um sermão sobre como não se deve brincar com essas coisas, ela me passou a receita do chá.

— Está bem. — respondo. — Tinha algum tipo de calmante forte no chá? Ele passou o dia todo sendo uma pessoa quase agradável. Isso porque ficou quieto e nem olhou pra mim.

— Ele deve estar puto com você, isso sim. — Maite ri.

— Acho que ele estava em um lugar importante naquela manhã, porque voltou para casa usando terno. — digo com um pouco de remorso.

— Por que você só não sai do apartamento de vez? — Poncho questiona me olhando com seriedade. — Não tem noção do perigo? E se esse cara ficar super bravo e resolver fazer uma coisa horrível pra se livrar de você?

— Ai, não diga isso! — minha avó dá um tapa forte no ombro dele. — Já basta as noites mal dormidas que eu passo me preocupando com a ursinha.

— Não precisam se preocupar. — dou de ombros. — Eu aguento tudo o que ele tiver pra fazer.

— Não subestime o cara. — Christian diz. — Você não conhece ele, sua cabeça de vento! É sério, ninguém vai te ouvir gritar por causa de como o apartamento foi projetado. É uma péssima ideia morar lá. Eu disse desde o início.

— Você só queria que eu ficasse aqui. — solto um suspiro. — Dá pra continuarmos? — falo indicando o tabuleiro. — Eu vim aqui pra ter paz.

— Vai ter paz quando o seu colega de quarto te assassinar. — Christian diz.

— Christian! — minha avó o repreende com um tapa na cabeça.

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