ᴘᴇᴅʀᴏ ᴘᴀsᴄᴀʟ - Te odeio, talvez (2) 🔞

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Fico uns 2 minutos olhando incrédula para aquele bilhete, sinceramente, qual a desse cara hein!?, olho para o número de telefone deixado ali, me lembro de ter bloqueado o último número.

Ele acha mesmo que eu vou adicionar esse número? Não temos nada do que conversar, iremos atuar juntos e é isso, cada um pro seu canto e pronto acabou.
-- E você droga de bolo? O que faço com você? -- Respiro fundo, batendo as unhas na bancada pensando. Me lembro que ainda sabia o endereço da casa de Pedro, sorrio maliciosamente e vou meia volta pelo balcão apanhando uma faca média e enfiando no meio do bolo.
-- Onde é que tá? Eu juro que tinha algo assim -- passo minha mão pela gaveta e encontro um frasquinho de corante alimentício vermelho, vamos dar emoção pra esse bolo. Respingo algumas gostar na faca e na parte de cima do bolo e o volto pra dentro da embalagem.
Procuro um papel e uma caneta pela casa e escrevo um bilhete:

"Presta bem atenção imbecil, se vier com gracinha pra cima de mim eu enfio essa faca em você não no bolo"

-Odiosamente, S/N ♡

Apos o motoboy chegar lhe entrego a embalagem e me sento no sofá da sala, espero que assim ele me deixe em paz.

Acabo cochilando por algumas horas e acordo com a campainha tocando várias e várias vezes.

-- Mas que merda é essa...? -- Levanto meio cambaleando no sofá e a campainha continuava a tocar repetidamente -- EU JA TO INDO INFERNO QUEM É!?
Olho pelo o olho grego da porta e não é possível...

-- Me de um ótimo motivo pra eu não bater a porta na sua cara -- Pedro sorri me olhando de cima a baixo e se aproxima da porta.

-- Não gostou do meu presente? -- O rapaz forma um beicinho nos lábios, reviro os olhos e empurro a porta, mas ela acaba ficando emperrada, olho pra baixo e vejo que ele tinha colocado o pé, ele definitivamente sabia que eu fecharia a porta na cara dele.

-- Ai francamente, que é que você quer? -- Pedro olha por trás de mim observando a casa e em seguida retira algo do casaco, uns papéis.

-- Acho que você vai gostar de ler, são algumas partes do roteiro -- Estendo a mãos para que ele me entregasse mas ainda fica imóvel, com os braços cruzados.

-- Não vai me convidar pra entrar? Eu sei que chata você é, mas não lembrava de ser tão mal educada -- Rio sarcasticamente e abro mais a porta.

-- Se eu te deixar entrar, você me deixa em paz depois que sair daqui? -- Pedro sorri e passa por mim esbarrando em meu ombro e entrando, quem ele pensa que é pra entrar assim? Parado na sala observa todo o local com um semblante agradável e se senta no sofá como se estivesse em casa.

-- É...até que você tem bom gosto hein chatinha? -- Me sento na poltrona ao lado arrancando os papéis de suas mãos, e folheando as páginas, Pedro assoviava e encostava a cabeça na almofada, o olho rapidamente.
-- Quer se comportar? Você não tá na sua casa -- Pedro se finge de ofendido e arruma almofada.
-- Desculpa, é que esse sofá é familiar, é o mesmo que a gente costumava...-- Engulo seco, e o interrompo, o rapaz solta uma risada abafada.
-- O que é que você quer que eu leia aqui? -- Mostro o roteiro e Pedro pega das minhas mãos mostrando a página, pego de volta e leio rapidamente nas entrelinhas e...são cenas de beijos quentes...mas beijos, respiro fundo e volto a olha-lo. -- Hm, e? Acha que eu nao consigo fazer uma cena de beijo?

-- Bom, com a maturidade que você tem... -- Fico boquiaberta e me levanto.
-- Você? Você tá querendo me cobrar maturidade José Pedro? -- Eu lembro o quanto ele não gostava de ser chamado assim, Pedro se levanta se aproximando deixando nossos corpos bem próximos um ao outro.
-- É, é o que eu acho, você não consegue nem conversar comigo direito, não devia ter aceitado esse papel -- Rio sarcasticamente e me aproximo do seu rosto.
-- É mesmo? Quer pagar pra ver? -- Pedro olha em meus olhos e desce até meus lábios.
-- Quero -- Olho em seus lábios e meu coração acelera, rapidamente seguro em seu rosto colando nossos lábios, iniciando um beijo forte e violento, suas mãos seguram em meu rosto intensificando o beijo, tento me separar dele, mas não consigo, aquilo...estava muito bom. Suas mãos apertam minha cintura chocando ainda mais nossos corpos que acabaram caindo no sofá. Me separo do beijo e seus lábios tocam em meu pescoço.
-- Pedro... -- Ele não escuta -- Me larga. --empurro seus ombros nos afastando, o rapaz cai ao meu lado no sofá, me levanto ofegante arrumando os cabelos e passo a mão nos lábios. -- Vai embora.

𝐒𝐏𝐈𝐂𝐘 𝐒𝐈𝐍 ~ Imagines Diversos Onde histórias criam vida. Descubra agora