𝐈 𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐖𝐢𝐭𝐡 𝐓𝐡𝐞 𝐌𝐨𝐨𝐧 [ 𝐓𝐨𝐤𝐢𝐨 𝐇𝐨𝐭𝐞𝐥]

101 " Eu não estava mais sozinha "

A aguardada turnê, intitulada "Tokio Blue", estava prestes a encerrar sua jornada, restando apenas mais dois shows para os fãs testemunharem. A atmosfera estava eletricamente carregada com a ansiedade fervente dos admiradores, que aguardavam com grande expectativa o retorno triunfante dos artistas aos palcos. A volta, após toda a polêmica que os envolveu, prometia não só deixar os fãs maravilhados, como marcar sua memória.

Cada detalhe tinha sido meticulosamente calculado; uma simples falha não encontraria tolerância, nem nos olhos críticos de Angelina, muito menos nos de Selena. Ambas compreenderam que a execução perfeita seria crucial para encerrar de vez todo o constrangimento imposto a Bill e redirecionar o foco da atenção dos tabloides para uma narrativa diferente. Este seria o meio pelo qual elas não apenas se protegeriam, mas também redefiniriam o que aqueles abutres falariam sobre suas vidas públicas.

Por mais surpreendente que pudesse ser, a brilhante ideia tinha vindo de Tom Kaulitz. O jovem guitarrista queria proteger seu irmãozinho a todo custo e, ao ver a oportunidade de fazer com que todos parassem de falar de seu irmão, Tom a agarrou, almejando preservar a integridade de Bill.

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SELENA STANLEY

—Estão brincando, né? — Perguntou Georg, jogando-se no sofá ao lado de Alice, incrédulo com a ideia que Tom e eu tínhamos acabado de propor.

—Não é brincadeira, Georg, é uma das melhores opções que temos! — Tom disse com seriedade.

—Angelina concordou e não tem nada contra, então acredito que não seja tão impossível assim. — Comentei, olhando para o baixista que tinha os braços ao redor do ombro da minha amiga, abraçando Alice de lado.

—É uma ideia até boa, vai mudar o foco deles. — Maya disse ao lado de Bill; suas mãos estavam entrelaçadas. Nos últimos dias, minha irmã se mostrou presente em tudo que acontecia, tentando ao máximo confortar o Kaulitz mais novo.

—Então nós vestimos as roupas deles e eles as nossas? — Alice perguntou depois de um tempo calada naquela discussão.

—Essa é a ideia! — Tom respondeu com um sorriso travesso nos lábios.

—Com a música nova que eu e Bill escrevemos, vai fazer todo sentido. Será como um protesto aos padrões de vestimentas impostos, não só de gênero, mas ao julgamento das pessoas que se vestem de forma alternativa! — Tentei explicar. A morena parecia ter entendido nossa proposta e sorriu animada enquanto se empolgava com toda a ideia.

—Mas e a outra? Pensei que você fosse cantar e fazer toda a performance da outra primeiro, Selena? — Bill perguntou confuso.

—Começamos com a nossa e terminamos com ela. As luzes se apagam, ninguém entenderá nada, acham que o show acabou e, tcharam, tocamos ela! — Expliquei, gesticulando e sorrindo para os meninos e minhas amigas.