Um pouco de sexo e já bastava para se apaixonar por uma prostituta.
Mesmo sendo incrivelmente famosa, a cantora Billie Eilish, decidiu experimentar do mercado da experiência, mas qual seria a probabilidade dela se apaixonar?
Enquanto Brooke, ou Blak...
Caralho. Eu tinha acabado de tranzar com a Billie Eilish.
Liguei meu carro, ouvindo minha playlist começar a tocar logo em uma dela.
Pulei Oxytocin e bebi um gole de água.
Sai com o carro da porta da sua garagem. Eu estou completamente surtada com o que tinha feito.
E além de tudo o que aconteceu, eu posso afirmar com certeza que ela é a minha cliente preferida. O relógio do carro já marcava três da manhã.
Dirigi por uns dez minutos até o meu prédio. Assim que estacionei subi até a recepção para pegar as minhas cartas.
— Bom dia, Senhora Blake — falou Jonas, o porteiro da madrugada.
— Bom dia, como foi hoje? - pergunto educadamente.
— Quieto como sempre, e o seu trabalho?
— Agitado como sempre.
Jonas acha que eu trabalho como promotora de festas, e não é uma completa mentira.
Depois de pegar minhas correspondências, subi até a minha cobertura. Não tão alta quanto as de Nova York, mas vinte andares fazem a diferença quando o elevador para.
São duas portas no meu andar, então apenas vou até a minha e entro, vendo Lizza sentada no sofá dormindo, ou na realidade, acordando assustada.
— Bom dia, Lizza.
— Bom dia. - ela responde tentando se recuperar do susto.
— Vai dormir no seu quarto. - falo um pouco mau humorada.
Ela assentiu e levantou quase caindo no sofá novamente e saiu em direção a sua porta.
— Mia está dormindo, teve febre a noite inteira.
Assenti sabendo o que iria acontecer.
Subi as escadas até o segundo andar e entrei no quarto de Mia. Ela dormia na sua cama de princesa, um balde estava ao seu lado no chão e tinha uma bolsa térmica jogada do outro lado da cama.
Me sentei na sua cama, acariciando seu rosto quente.
— Posso dormir mais um pouquinho, mamãe?
— Pode, meu amor.
Dei um beijo na sua testa e sai do seu quarto, deixando a porta entreaberta.
Fui para o meu quarto, tomar um banho e colocar uma roupa confortável para leva-la no hospital. Ela já estava doente a dois dias, mas tinha melhorado antes de eu sair para o trabalho.
Agora com um moletom bem quente, fui ao seu quarto, separar uma pequena malinha para ela e a peguei no colo.
— Não quero ir para a escolinha. - ela fala manhosa.
— Não vai, meu amor. Nos vamos no médico.
Senti ela apenas agarrar no meu pescoço e enfiar o rosto no meu ombro.
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Estava sentada em uma poltrona no quarto da Mia. O médico tinha acabado de passar com o veredito. Bronquite com pneumonia. Ela estava bem mal.
Ela estava acordada, assistindo um desenho no tablet. Fechei os olhos um pouco, e não pareceram muitos, mas quando os abri de volta, Mia estava tomando um remédio na veia e uma enfermeira estava me chamando.
— Oi, eu vim perguntar se poderíamos levar a sua filha para a brinquedoteca, para ela se animar e melhorar logo.
— Sim, sim.
Me levantei indo até minha filha, que ainda assistia desenho. E quando a perguntei sobre ir brincar, ela largou o tablet e nem parecia que estava quase morrendo quando chegamos no hospital.
A levamos na cadeira de rodas, e lá ela foi em direção dos blocos de montar. Como um lego, porém maior.
Me sentei ao lado de uma mãe.
— Muito linda sua filha, qual o nome dela?
— Mia, e o seu?
— Está jogando velha na parede.
O menino já era grande, devia ter uns sete anos. Ele usava uma blusa verde que parecia enorme nele.
— O que aconteceu? — Ela perguntou.
— Pneumonia e Bronquite e você?
— Leucemia.
Dei um sorriso gentil em forma de conforto, não havia nada que eu pudesse falar, que pudesse ajuda-la.
Ouvi um murmurinho vindo das enfermeiras na porta, e então a porta foi aberta e como em um livro de romance, lá estava Billie Eilish entrando pela porta como a heroína de um livro infantil.
Eu não imaginava que crianças fossem ser fãs, mas uma mini multidão mirim rodeou a famosa. Inclusive o garoto de blusa verde. Ele a abraçou, enfiando o rosto no seu ombro. A mãe dele se levantou e foi na sua direção, pedindo perdão a morena, mas ela com a sua educação perfeita disse que estava tudo bem.
E então ela me viu.
Não sabia disser o que se passava em seu rosto. Mas eu sei o que o meu transmitia.
Surpresa e cansaço.
— Vamos nos sentar, crianças? — Pediu uma enfermeira.
De repente uma cadeira surgiu para que a cantora se sentasse, mas ela a ignorou e se sentou no chão. A melhor coisa a se fazer em um hospital.
Mia veio até mim, pedindo colo, e como eu estava de frente para Billie, ela tinha uma visão privilegiada. Como a de um camarote.
Fiquei assistindo Billie conversar com as crianças, enquanto o menino da camisa verde, qual descobri se chamar Alex, ficou ao seu lado o tempo todo.
Ela perguntou o nome de todos ao seu redor, contou uma história e cantou com eles. Ela quase me fez sentir mal por sentir tesão nessa hora.
— Ele é muito fã dela — disse a mãe do Alex que ainda estava do meu lado olhando o filho de longe.
— Achei muito fofo, ele agarrado ela o tempo todo. — Respondi baixo rindo.
— Quem me dera ser criança para ficar daquele jeito nela.
Eu apenas ri, me lembrando dessa noite. Eu não tinha ficado daquele jeito nela, mas tinha vários outros modos que tinha ficado.