39 - Blake

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Era um casarão em Bel Air, em uma rua sem saída.

— Pelo menos estamos perto da sua casa — falei apoiando a mão sob seu colo.

— Vai ser a meia hora mais angustiante da minha vida.

— Para com isso — murmurei me aproximando para beijá-la.

— Eu não estou mentindo, ainda mais quando você fica fazendo isso.

— É que eu estou apaixonada, e eu hajo assim, quando estou apaixonada.

— Apaixonada? — Perguntou me puxando pela cintura, como se já não estivéssemos perto o suficiente.

— Completamente — confirmei — vamos entrar?

Ela suspirou profundamente e se afastou, abrindo a porta do carro. Sai pela sua porta, já que não queria sair no lado da rua e senti ela puxar minha mão. Senti uma meia duzia de flashes, de alguns paparazzis que estavam acampados na porta da festa.

— Não liga, eu tento não ligar — falou me puxando para perto.

Como resposta, apenas sorri e deixei que me guiasse para dentro da festa.

— Por que seu irmão não veio? Ele sempre esta com você nesses eventos — perguntei assim que entramos na casa.

— Ele tinha show marcado já. Aí vim sozinha, ou melhor... com você — falou puxando minha cintura.

— Ah, bom, porque você não esta sozinha — abracei sua cintura — vou procurar algo não alcoólico para mim — dei um beijo e me afastei, vendo ela fazer bico — não fica assim. Eu já volto.

Comecei a andar pela festa, eu conseguia sentir o cheiro de álcool no ar, era tentador pegar um copo e beber. Mas eu não podia.

Cheguei na cozinha da casa e perguntei à um dos garçons se tinha algum refrigerante, e logo ele me entregou uma lata de coca. Voltei para a festa logo em seguida, para procurar pela Billie. Onde esta a minha mulher?

Passei o olhar pelos rostos que tinha visto mais cedo na premier, alguns eu tinha conversado, mas não era algo que eu queria no momento. Andei devagar pela festa, bebendo do meu refrigerante. E logo vi a Billie conversando com uma garota, uma das atrizes da série, ela parecia animada e Billie estava dando trela.

Me aproximei lentamente, não queria atrapalhar, mas não pude deixar de ouvir a conversa:

— Se precisar de qualquer coisa, só me mandar uma mensagem — falou entregando um cartão, provavelmente com o número dela.

Billie sorriu e guardou o cartão no bolso do casaco.

— Claro, eu não tenho nenhum cartão aqui, mas te mando mensagem para você ter meu número.

— Oi, tudo bem? — Perguntei passando a mão pela cintura da Billie.

— Oi, prazer — a garota esticou a mão — me chamo Callie, estávamos conversando sobre a série.

— Ah sim, eu ouvi sem querer o final da conversa.

A garota sorriu.

— Bom eu vou indo conversar com o resto do pessoal, vejo vocês por aí — falou se afastando.

Safada, vagabunda. A Billie tem dona. Vagabunda.

— O que foi isso? — Perguntou se virando.

— O que foi isso, digo eu. Ela estava dando encima de você e você pegando o número dela, de sorrisinho? Vai a merda, Billie.

— Esta com ciúmes? — riu.

— Eu só tenho ciúmes quando eu tenho motivo, então não fica com esse sorrisinho presunçoso no rosto, não.

Alta LibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora