Alta Libido

52 - Blake

Passei a volta inteira para casa, olhando o anel no meu dedo. Billie estava ao meu lado na primeira classe, mas graças ao espaço extra, eu não conseguia ver o que ela estava fazendo. Então me levantei e fui até a sua cabine, me sentando na sua cadeira.

— O que te trás aqui, tão longe do seu banco? — Perguntou puxando minha mão.

— Estava com saudades.

— Já vai pousar — clicou no controle da televisãozinha — em 15 minutos.

— Então você pagou duas passagens de primeira classe por uma viagem que não leva nem 1 hora?

— O festival pagou, foi uma exigência minha.

Me deitei ao seu lado, passando a mão na sua cintura.

— Você fez eles pagarem passagens para nos duas?

— Nós três, meu irmão esta ali atrás — disse sorrindo.

Me aproximei do seu rosto, sorrindo.

— Você não para de sorrir.

— É que eu estou noiva, sabe...

— Noiva, gostou do seu titulo? — Perguntou me puxando para mais perto.

Apenas assenti e a beijei, segurei sua nuca enquanto sentia suas mãos na minha coluna.

— Blake, a gente já vai pousar — falou se afastando quando a luz do cinto se acendeu.

Me sentei, me sentindo vazia. Delizei minha mão na sua coxa e me levantei, indo para o meu lugar.

Não sou a maior entusiasta de viagens de avião, principalmente da hora quem que ele sai ou toca o chão. Eu segurava firme os apoios de braço, até as falanges ficarem brancas.

Assim que possamos, Billie veio até mim e me deu a mão em conforto.

— O aeroporto não deixa os fãs virem na pista, mas no desembarque vai estar cheio.

Sorri tentando parecer confortável com isso. Não é que eu não goste dos fãs da Billie, eu só não gosto do jeito que eles me olham, com desprezo e nojo.

Segurei sua mão e saímos do avião. Eu não estava exatamente pronta para as pessoas abordando a Billie. Não tínhamos despachado a bolsa, então foi rápido.

Billie me puxou e me deu um beijo suave na testa e puxou o meu capuz para frente.

— Pode tapar o rosto — falou segurando minha mão.

Assenti e saímos para a área comum do aeroporto. Tinha muitos paparazzis, fiz o que ela tinha me dito e usei a mão para tapar os flashs abusivos. Senti a mão de Billie se apertar contra a minha. Me puxando para perto dela.

Não demorou muito para que saíssemos do aeroporto e entrassemos no carro.

— Eu estava pensando, já que vamos nos casar... queria fazer um quarto para sua filha, nossa casa.

— Nossa? — Sorrio me aproximando dela.

— Bom, já faz um mês que você está dormindo, metade das suas roupas estão no meu closet e estamos noivas. Se quiser, a casa tem um quarto de hospedes que dá para o lado de fora, para sua irmã, até ela ir para a faculdade.

Tirei seu cabelo do rosto e a beijei.

— Billie, eu te amo mais que tudo.

Ela sorriu, segurando meu rosto e me puxando para perto.

— Eu te amo, muito, Blake.

— Assim que chegarmos, eu quero fazer uma coisa.

— O que? — Pergunta com um sorriso no rosto.