54 - Blake

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— Postei — Billie falou me entregando o seu celular.

Tínhamos tirado fotos das alianças e decidido postar ao mesmo tempo. Ela queria, eu apenas achei a ideia não tão ruim e aceitei. Agora nossas alianças, fazem parte das vinte foros que tem no meu Instagram.

Já tínhamos feito um mês de noivado, as teorias estavam a mil. Então para dar um basta, a foto.

— Quer casar em que estação?

Ela pareceu pensar.

— Acho lindo casamentos no começo do outono, como o dos meus pais. Em um campo aberto...

Sorri cruzando as pernas sob o sofá do seu irmão.

— Então no outono, perto do meu aniversário — falei me deitando sob suas pernas.

— Eu vou ser padrinho, né? — Finneas perguntou tirando o fone.

— Estava ouvindo? É falta de educação, sua mãe não te deu educação?

— A mesma que deu a você.

Eu ri, ri e a empurrei. Ela tinha merecido.

— Só por isso, não vai ser.

— Para com isso — me deitei novamente.

— Como ficou? — mudou de assunto.

Finneas apertou alguns botões, mexeu em meia dúzia de coisas na tela e a música começou a reverberar no Studio. Parecia eletrônica, mas ainda tinha a energia dela. É aquele tipo de música que você não espera vir dela, mas quando ouve percebe que ninguém mais faria algo tão incrível quanto isso.

— Ficou muito bom — comentei baixinho.

— Acho que tem que subir um pouco o eco no refrão.

Mas o que eu sei sobre música?

Finneas fez o que ela tinha dito, e realmente, eu não sei nada sobre música.

Me sentei no sofá e me aproximei.

— É boa para transar — sussurrei no seu ouvido.

Ela sorriu.

— O que estão falando?

— Nada, Finneas. Nada que você queira saber.

Ele revirou os olhos e colocou o fone.

— Não quero ouvir a putaria da minha irmã, já basta as ideias de música.

— Que ideias? — Deslizei a mão pela sua cintura.

— Te mostro em casa.

Apoiei a cabeça no seu ombro e fiquei assistindo a televisão com as partes da música. Eu sinceramente, não entendo nada, mas é satisfatório ver a música ser criada.

— Cadê a Cláudia? — Perguntei.

— Saiu para uma reunião, não quiseram fazer on-line.

— Então ela não vem para almoçar?

— Não.

Assenti, com ela mesa, eu me senti menos invadindo o espaço dos dois.

— Está com fome? Eu posso pedir já.

— Não, era só curiosidade.

— Mas já vou pedir.

Ela pegou o celular e entrou no App de comida. Não olhei muito a tela, eu não sou vegana, então prefiro que ela escolha o que nós duas vamos comer. Assim eu posso beija-la sem culpa.

Alta LibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora