36 - Blake

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Acordei exausta com o alarme da Billie

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Acordei exausta com o alarme da Billie.

— Que horas são?

— 6:30. Pode dormir.

Ainda de olhos fechados, senti a cama se mexer. Olhei para a morena, completamente nua na ponta da cama procurando a roupa.

— Onde você vai?

— Tenho que trabalhar.

— A gente dormiu só... duas horas, volta para cama diz que acordou mal.

Ela se aproximou.

— Quer que meu irmão venha me buscar?

— Se isso significa mais uns minutos com você na minha cama, sim — falei tentando puxá-la, mas ela resistiu.

— Eu vou tomar banho, volto para cá assim que terminarmos, hoje.

— Promete?

— Eu trouxe roupa suficiente para dormir aqui, por uma semana, mon amour.

Sorri com o apelido.

A soltei e assisti ela sumir no banheiro.

Suspirei e estiquei a mão para pegar o telefone e pedir um café da manhã para nos duas e o resto da casa, para quando eles acordassem.

Assim que ela saiu do banheiro, enrolada na toalha, pegou algumas coisas na bolsa e começou a se vestir na minha frente.

— Volta a dormir — falou quando me viu a observando.

— E perder o show? Nunca.

Ela apenas riu.

— Pedi café para nos duas, já deve estar aí.

Ela se aproximou me beijando, sem se preocupar com o meu hálito. Segurei sua mão e me levantei, indo até o banheiro para escovar os dentes e vestir o roupão que ficava na porta.

Assim que terminei, ela estava completamente vestida e passava um perfume. Me aproximei, depositando um beijo onde eu havia mordido ela. A marca vermelha se assentuava.

— Mordi forte, desculpa.

— Pede desculpa para o meu lábio, você arrancou um pedaço — encarei seus lábios e o corte leve no beiço inferior.

— Desculpa, lábios mais lindos desse mundo — falei antes de depositar um beijo — vampira — acusou rindo.

Assim que saimos do quarto, encontrei dois funcionários preparando a mesa do café.

— Bom dia.

— Bom dia senhorita Montenegro, senhorita O'Connell — falou a moça sorrindo.

Para de sorrir para minha mulher.

Sorri de volta para ela e depositei um beijo na Billie.

— Vou pegar meu celular, já volto.

Billie assentiu e a deixei ali, indo para o quarto.

Sebosa. Fica sorrindo para a mulher das outras, eu sei, que a Billie é maravilhosa, mas não de encima da minha mulher na minha frente.

Peguei o celular e voltei para a sala, respirando fundo, para não parecer ciumenta. Billie estava pegando um copo de água, quando cheguei de volta.

— Que horas devemos buscar o café? — Perguntou assim que terminou.

— Eu ligo, minha irmã e minha filha ainda vão acordar, então não sei o horário ainda.

— Certo, tenha um bom café da manhã, senhoritas — falou saindo.

Billie deixou o copo dentro da pia e veio até mim, rindo. E me abraçou me dando um beijo lento.

— Ciumenta.

— Eu não sou ciumenta — falei tentando me afastar.

— Me explica esse mini show? — Deu um beijo na minha bochecha.

— Ela está de risadinha para você.

— Eu sou famosa, mon amour, as pessoas costumam agir assim perto de mim.

— Não deviam.

— Por que? — Perguntou rindo.

Rindo. Não acredito que ela acha graça disso.

— Porque você é minha, só minha.

— Só sua? E de mais ninguém?

Assenti enquanto ela depositava mil beijos no meu rosto.

— Vamos tomar café que já são 7 horas e eu tenho que sair. Marquei com o Finneas as 8 e ele mora longe. Então vamos aproveitar bem esse café da manhã — disse Billie, puxando-me pela mão em direção à mesa.

O aroma do café fresco e das torradas quentinhas preenchia o ar, e a visão da mesa cuidadosamente preparada fez meu estômago roncar. Sentei-me e observei Billie enquanto ela se acomodava à minha frente, seu sorriso iluminando o ambiente.

— O que você vai fazer hoje? — perguntei, enquanto pegava uma torrada.

— Tenho ensaio e depois vou me encontrar com alguns amigos. Mas, por enquanto, quero apenas aproveitar esse momento com você — respondeu, segurando a xícara de café e olhando nos meus olhos.

Sorri, sentindo meu coração aquecer. Era sempre assim, mesmo em dias corridos, ela conseguia fazer cada instante parecer especial.

— Espero que você não se esqueça de me mandar uma mensagem assim que chegar, tá? — pedi, enquanto passava manteiga na torrada.

— Prometo! — disse ela, piscando para mim. — E se eu não me lembrar, você pode vir me buscar.

— É, pode ser uma boa ideia — confirmei, imaginando o quanto eu adoraria interromper seu dia para tê-la de volta ao meu lado.

O café da manhã seguiu com risadas e conversas sobre planos futuros. Falei sobre a ideia de fazer um piquenique no campo de golfe na sexta, e ela se animou com a proposta.

— Podemos levar algumas frutas, podemos ficar perto no playground, para a Mia ficar brincando — sugeriu, com um brilho nos olhos — Assim você pode repor os três meses longe.

— Adorei! — Falei esticando a mão sobre a mesa, entrelaçando meus dedos com os dela.

Senti sua mão sobre minha cicatriz. Mas ela não falou nada, apenas entendeu.

Depois de alguns minutos, o café estava quase no fim e o relógio marcava 7:30. Billie começou a se levantar da mesa.

— Eu preciso ir — disse, olhando para o relógio. — Mas não quero sair sem te dar mais um beijo.

Levantei-me rapidamente e a puxei para perto, colando nossos lábios em um beijo suave, mas cheio de intensidade. O tempo parecia parar, e todo o resto desaparecia.

— Agora sim, você pode ir — murmurei quando nos afastamos.

— Até logo, mon amour! — ela respondeu, saindo da sala com um sorriso no rosto.

Fiquei ali por um momento, ouvindo o som de seus passos se afastando, sentindo uma mistura de saudade e alegria. Tirei nossos pratos, colocando na pia e voltei para o quarto, tirando o roupão e caindo na cama para dormir mais um pouco.

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