8 - Billie

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Vocês já sabem o que eu vou pedir...

— Por que me mandou mensagem? — Perguntei quando saímos com o carro

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— Por que me mandou mensagem? — Perguntei quando saímos com o carro.

— Eu não lembro de ter te ligado.

— Mandou mensagem, acho que não tinha aberto minha última mensagem.

— Desculpa.

— Não precisa pedir desculpas.

De canto de olho, vi ela assentir.

— Desculpa perguntar, mas a sua filha esta bem?

— Melhor, mas ela pode ter um problema genético e é culpa minha.

— Culpa sua?

— Eu tive alguns problemas na gravidez dela.

— Se não quiser falar, tudo bem.

— Eu não devia ter bebido. Eu deveria estar lá, com ela a abraçando. Mas eu fugi.

— Você está sobrecarregada. É normal precisar de um tempo para respirar.

— Eu não queria ela, e agora ela é a cosa mais preciosa da minha vida. Quando eu quase perdi ela, foi como se estivessem tirando minha pele, foi uma dor insuportável.

— Mas agora ela esta aqui, e vai ficar bem, você mesma disse que ela esta melhor. E se for um problema genético, a culpa não vai ser sua.

— Eu bebi durante a gravidez. Fiz tudo errado. Entrei em depressão e tive que ficar internada durante seis meses. Marcus me internou e cuidou da Lizza para mim. Me manteve inteira.

Claro, tinha o Marcus. Eu tinha me esquecido dele por uns bons momentos.

— Quando Mia nasceu, a guarda foi para ele. O estado não queria deixar uma criança com uma prostituta drogada, quando o pai queria a criança e poderia cuidar. Ficha limpa, diferente da minha. Mas ele me deixou vê-la assim que nasceu.

Ela respirou fundo, a vi secar as lágrimas que escorriam pelo rosto.

— Continuei internada ate ela completar seis meses, e então a primeira coisa que eu fiz foi ir atras da Mia. Mas ela estava no apartamento do Marcus, ele nunca a levou embora. Lizza a visitava todo dia depois da escola. Eu me mantive limpa, mas saber que a minha negligencia durante a gravidez pode ter causado tanto dano a minha filha... isso quase me mata.

— Então veio beber.

— Cobra nunca ligou muito, não é confiável, mas é um amigo, me ajudava quando eu precisava. E quando sai surtada do hospital fui até lá, e bebi.

— Mas ele sabia que estava limpa?

— Não sei, eu sempre sumia e voltava do nada, ele não deve ter achado estranho.

Assenti, assim que paramos no farol, me virei para ela. Ela estava fraca, seu rosto estava inchado e o nariz vermelho.

Coloquei minha mão sobre a sua perna, um uma tentativa boba de consolo.

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