32 - Blake

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Estou totalmente desmotivada... mas aqui está seu capítulo

— Dorme aqui, esta tarde — falei passando a mão pela cintura de Billie

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— Dorme aqui, esta tarde — falei passando a mão pela cintura de Billie.

— São 18 horas ainda.

— Viu, você vai pegar trânsito, vai ter que pegar estrada e a estrada é perigosa. Tenho que sair amanhã cedo, tenho reunião da gravadora.

— Eu moro perto da sua gravadora, mais perto do que você. Isso para mim e so mais um motivo para você dormir aqui.

— Tudo bem — falou relaxando nos meus braços.

Senti Billie me abraçar de volta.

— Blake, podemos conversar? — Marcus perguntou na porta da varanda.

Billie se desfez do meu abraço e saiu da varanda sem dizer nenhuma palavra. Marcus se sentou ao meu lado, com alguns papeis em mãos.

— Vou pedir transferência para os Estados Unidos quando me casar. Já conversei com a minha noiva — falou colocando os papeis sobre a mesa de centro, colocando a decoração de centro sobre os mesmos.

— Você quer a guarda dela?

— Tinhamos um acordo, Blake. Você bebeu, se tivesse sido um pouco, eu podia ter até relevado, mas você foi parar na cadeia...

— Desculpa, eu amo a Mia. Eu não faria nada para machucá-la.

— Blake, eu não quero a guarda total, dividir meio a meio.

— Isso não funciona.

— Ela vai passar por um psicólogo, vou comprar uma casa por perto, meu corretor está olhando Bel Air, fica so um pouco ao norte daqui. Uns quinze minutos.

— Marcus.

— Blake, eu estou fazendo de tudo para não te afastar da Mia, mas ela ainda é minha filha e eu não sei se confio em você cuidando dela sozinha.

— Foi um erro.

— E se não tivesse ninguém para cuidar da Mia? E seu estivesse do outro lado do mundo e quando a Lizza for para a faculdade? Juilliard fica do outro lado do país.

— Eu sei.

— Então sabe que daqui um ano, vai estar sozinha? Esse é o último ano dela no ensino médio.

Fiquei em silêncio, olhando para as mãos.

— Não quero te magoar, mas eu não estou mentindo e você sabe a verdade.

— O que tem nos papeis?

— Documentos para a guarda compartilhada. Não precisa assinar agora.

Assenti e olhei para os mesmos.

Não parecia uma pilha grande, mas certamente tinha bastante coisa para eu ler.

Olhando para os papéis, uma onda de preocupação e ansiedade tomou conta de mim. A ideia de compartilhar a guarda de Mia com Marcus me deixava nervosa. Enquanto ele falava, as palavras ecoavam em minha mente, e eu me sentia perdida.

— Você realmente acha que é a melhor decisão para ela? — perguntei, tentando manter a voz firme, apesar da vulnerabilidade que sentia.

— Eu acredito que sim. Mia precisa de estabilidade e, honestamente, eu não tenho certeza se você pode proporcionar isso no momento — respondeu Marcus, sua expressão séria.

— Estou tentando, Marcus! Eu cometi um erro, mas isso não define quem eu sou como mãe. Eu só quero fazer o melhor para a Mia — protestei, a frustração começando a transparecer.

— Eu sei que você a ama, mas amor não é suficiente, Blake. Ela precisa de segurança e um ambiente saudável. E com essa situação, eu não posso simplesmente ignorar o que aconteceu — ele disse, sua voz um pouco mais suave agora, mas ainda firme.

— O que você sugere? Que eu me afaste dela? Que eu a veja apenas em visitas supervisionadas? — perguntei, meu coração apertando.

— Não é isso que eu quero. Quero que você esteja presente, mas precisamos de regras. A guarda compartilhada é uma maneira de garantir que ambos tenhamos voz nas decisões da Mia, e que você tenha apoio — Marcus explicou, olhando nos meus olhos.

Eu olhei para os papéis novamente, sentindo o peso da decisão. Havia tantos fatores a considerar, e a ideia de ser afastada da vida da minha filha era devastadora. Sabia que precisava de tempo para digerir tudo isso, mas também sabia que não podia deixar que o medo me paralisasse.

— Eu vou olhar para isso com calma — disse, tentando manter a calma na minha voz. — Não quero que nossa relação se deteriore, mas também não posso aceitar algo que não acho justo.

— Eu entendo, Blake. Estou aqui para discutir isso, mas preciso que você considere o que é melhor para a Mia, acima de tudo — ele respondeu, seu tom de voz mais compreensivo.

Nesse momento, Billie apareceu na varanda, seus olhos encontrando os meus. Ela percebeu a tensão no ar e, sem dizer uma palavra, sentou-se ao meu lado, colocando a mão suavemente em meu ombro. A presença dela era reconfortante, e eu sabia que ela estava ali para me apoiar.

— Está tudo bem? — Billie perguntou em voz baixa, olhando entre mim e Marcus.

— Estamos conversando sobre a guarda da Mia — respondi, tentando manter a explicação simples.

— Oh... — Billie disse, sua expressão mudando para uma de preocupação. — Se precisar de mim, estou aqui.

— Obrigada — murmurei, sentindo-me grata por tê-la ao meu lado.

Marcus se levantou, percebendo que a conversa estava se encerrando.

— Pense nisso. Podemos conversar novamente em breve, mas quero que você saiba que estou tentando fazer o melhor para a Mia — ele disse, antes de se afastar.

Fiquei em silêncio, observando Marcus sair. O peso da conversa ainda estava presente, mas a presença de Billie me deu um pouco de conforto.

— Quer conversar sobre isso? — ela perguntou, olhando nos meus olhos.

— Não sei o que fazer, Billie. Estou com medo de perder a Mia e, ao mesmo tempo, sinto que não posso deixar que ninguém decida por mim.

— Eu estou aqui, para o que você precisar.

— Ele vai se mudar para os Estados Unidos, para ficar mais perto da Mia. Ele quer dividir a guarda.

— Isso é bom, ele não quer tirar a Mia de você. Ainda vai vê-la e conviver com ela, mas ele vai estar por perto para dividir a responsabilidade. Você não devia se encarregada de tudo. É muito peso, e agora ele vai estar por perto para dividir o peso.

— Você gosta dele? — Perguntei me encostando nela.

— Ele é um bom pai para a Mia, e te trata bem. Como uma princesa, mesmo vocês não tendo mais nada. Admito que tenho ciúmes, as vezes tenho bastante ciúmes. Mas ele faz bem para vocês duas, e é isso que importa.

Peguei os papeis e os folheei. Encontrei o do divórcio também. O apartamento ficaria para mim, com tudo pago mais uma pensão de 10 mil dólares por mês.

— 10 mil é um bom número.

— Eu fazia 10 mil dólares em um final de semana — falei apertando a sua mão.

— Fazia?

A encarei ela segurava um sorriso.

— Passado.

Senti sua mão no meu rosto, me puxando para um beijo. Não era quente, era amor e eu posso dizer que esse foi um dos melhores beijos, ele não pedia nada, não prometia nem tomava. Ele entregava uma energia vital, uma troca. Amor.

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